Folha de S. Paulo


Polícia troca delegados após armas sumirem da sede do Garra

A Polícia Civil de São Paulo substituiu dois delegados responsáveis pelo Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos), grupo de elite ligado ao Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).

As mudanças, publicadas no sábado (8) no "Diário Oficial" do Estado, ocorreram uma semana após a descoberta de que dezenas de armas sumiram da sede do Garra, no centro de São Paulo.

O delegado Artur José Dian, então titular do Garra, foi substituído por Marcos Ricardo Parra. Dian passou para a Unidade de Inteligência Policial.

Também foi trocado o delegado da Divisão de Operações Especiais do Deic, à qual o Garra está subordinado. Deixou a divisão o delegado Paulo Sérgio Pilz e Campos Mello e entrou a delegada Juliana Pereira Ribeiro Godoy Rodrigues. Campos Mello passou para o Serviço Aerotático (SAT) da Polícia Civil.

No dia último dia 31, um investigador do Garra responsável pelo armazenamento de armas do grupo foi preso após a polícia encontrar na casa dele armas em situação irregular. De acordo com o secretário da Segurança, Fernando Grella Vieira, o policial é um dos suspeitos de ter furtado dezenas de armas que seriam de uso da polícia.

Segundo Grella, o policial assumiu ter feito os desvios, mas não revelou o destino das armas. O número de armas desaparecidas não foi informado. Outro suspeito de envolvimento nos furtos, que não é policial, também teve a prisão solicitada.

Ainda de acordo com Grella, foi instaurado procedimento administrativo para apurar a conduta do policial preso e de seus superiores no Garra.


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