Folha de S. Paulo


Haddad diz que prefeitura pode desistir de ampliação de rodízio em São Paulo

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), declarou nesta segunda-feira que o plano de ampliar a área do rodízio na cidade pode não ser concretizado.

Em janeiro, o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, chegou a estimar o início da ampliação para o mês de abril. Haddad também já se mostrou a favor da medida.

Haddad disse hoje, no entanto, que a proposta continua sob análise técnica. "Isso é uma decisão técnica que tem que ser tomada com cautela, não pode ser tomada de sopetão, porque é uma coisa que vai impactar muito a cidade. [A ampliação será feita] Se houver consenso técnico. Se houver pelo menos uma maioria de técnicos convencidos que a medida melhora", disse ele.

Segundo o prefeito, entre as dúvidas a serem sanadas para a implantação do projeto é saber se a mudança traria apenas melhora de curto prazo.

O PROJETO

A restrição, hoje vigente apenas no centro expandido, se aprovada, será ampliada para as principais avenidas que ligam a periferia ao centro da cidade. Se concluída, serão ao todo 371 km de vias onde não será permitido circular nos horários de pico dependendo da placa do veículo.

A mudança tem como base no estudo da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) que propõe aumentar a restrição para cerca de 400 ruas e avenidas que ficam fora do centro expandido -e hoje, portanto, têm o tráfego liberado.

Poderão ser incluídas na restrição avenidas como a Aricanduva (zona leste), Eliseu de Almeida (oeste), Inajar de Souza (norte) ou Washington Luís (sul), por exemplo. Além disso, a restrição pode atingir eixos viários importantes como a Radial Leste e o corredor norte-sul.


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