Seis filhotes de labrador, todos pretos, candidatos a, no futuro, serem ajudantes de pessoas cegas –cães-guia– aguardam até a semana que vem para receberem nomes. Quem irá batizar a ninhada serão internautas.
A iniciativa é da Escola de Cães-Guia Helen Keller, de Balneário Camboriú (SC), que até meados do ano que vem deve entregar 35 cães treinados para deficientes visuais. Os beneficiados não pagaram nada pelos ajudantes.
O Brasil é carente nesse tipo de recurso de acessibilidade. Ongs estimam que menos de 200 cães-guias, 70% deles vindos do exterior, estão pelas ruas do país auxiliando o dia a dia de cegos, que somados aos que têm menos de 30% de visão, são cerca de 7 milhões de pessoas.
Concurso escolhe nomes de cães-guia
Até o dia 20 deste mês, será possível sugerir nomes para as quatro fêmeas e os dois machos pelo email contato@caoguia.org.br ou pela página da escola no Facebook.
É preciso seguir regras alguma para sugerir um nome, o que vai facilitar o trabalho e a orientação do cão ajudante e do seu dono.
"Como se trata da primeira ninhada própria da escola, todos os nomes devem começar com a letra A. Precisam ser nomes fortes, curtos e de fácil pronúncia", afirma Paulo Bernardi, presidente da escola, que tem suporte técnico de organizações internacionais.
Nomes de pessoas também devem ser evitados para não confundir o cão na hora do trabalho de orientação.
Em média, um cão-guia demora dois anos para ficar habilitado. Durante o período, ele passa por intenso adestramento, socialização e análise comportamental.
A preparação custa por volta de R$ 25 mil, o que costuma ser o fator de dificuldade de manter as iniciativas.
"É preciso muita dedicação para mantermos vivo esse projeto, que pode mudar a vida das pessoas."
Nem todos os filhotes terão potencial para se tornarem ajudantes por problemas de comportamento ou físicos.
Os nomes escolhidos, que serão divulgados até o final de março, darão direito aos autores a um kit da escola. Em seguida, os filhotes começarão a ser preparados