Folha de S. Paulo


Garis encerram manifestação e dizem que greve continua no Rio

Os cerca de 1.000 garis que participaram da manifestação por aumento salarial nesta sexta-feira no Rio encerraram o protesto em frente ao Ministério Público do Trabalho, por volta das 18h10. Depois de sete dias consecutivos em greve, eles dizem que a paralisação continua.

Vestidos com o uniforme de trabalho, eles gravam palavras de ordem em ritmo de samba: " Acelera Comlurb, que eu quero ver. Esse lixo vai feder. A prefeitura não deu aumento não e esse lixo vai ficar todo no chão".

Com o auxílio do carro de som eles repetiam: " Prefeito a culpa é sua, a greve continua".

Ale Silva/Futura Press/Folhapress
Garis realizam protesto em frente à Prefeitura do Rio de Janeiro; PM reforça segurança no local
Garis realizam protesto em frente à Prefeitura do Rio de Janeiro; PM reforça segurança no local

Segundo o gari Willian Rocha, que faz parte da comissão de greve, os manifestantes vão pedir que o Ministério Público do Trabalho abra uma assembleia extraordinária para que os garis possam expor suas reivindicações a algum representante da prefeitura.

Mais cedo, representantes da prefeitura se reuniram apenas com o sindicato dos garis da Comlurb em audiência no Tribunal Regional do Trabalho, sem a presença do movimento grevista, mas não chegaram a um acordo. Foi agendada uma nova audiência de conciliação na próxima terça-feira, às 15h, no TRT, dessa vez junto ao movimento grevista.

A procuradora regional do Trabalho, Deborah Felix, disse - após se reunir com os grevistas - que apura denúncias anônimas de que garis estariam sendo coagidos por PMs e guardas municipais em escolta para voltarem a trabalhar em seus postos.

Os ativistas marcaram novo protesto para este sábado, às 10h, na Central do Brasil. Eles disseram que pretendem caminhar até a prefeitura e passar em frente ao sambódromo na hora do desfile das escolas de samba campeãs, às 20h.

No domingo também foi marcada uma manifestação no Leme, zona sul.


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