Folha de S. Paulo


PMs são presos no DF acusados de estimular operação tartaruga

A Polícia Militar do Distrito Federal confirmou nesta sexta-feira (21) que prendeu 12 policiais suspeitos de estimular colegas a participar da operação tartaruga, em protesto contra reajustes salariais propostos no início da semana pelo governador Agnelo Queiroz (PT).

Os policiais foram presos por divulgarem a paralisação nas redes sociais e por e-mail. Segundo a PM, que não confirmou os nomes, as patentes de cada um variam de soldado a capitão. Embora as condenações variem, eles podem ficar presos por até 30 dias.

Os presos foram acusados de incitar violência, recusar obediência e por publicar indevidamente atividade de trabalho. Foram também enquadrados por desrespeito a ordem superior.

Conforme decisão do último dia 18, os PMs terão um reajuste na tabela do auxílio-moradia ao longo de três anos, começando em setembro. Dependendo da remuneração do policial, ele poderá receber de R$ 365 a R$ 1,2 mil por ano. O teto do benefício, que não era reajustado desde 2002, poderá chegar a R$ 3,6 mil até 2016. Os soldados reclamam que o aumento não é escalonado e os prejudica.

O governo propôs ainda R$ 200 de aumento para o auxílio-alimentação a partir de julho, passando de R$ 650 para R$ 850. De acordo com o GDF, os reajustes representam 22% de acréscimo nos vencimentos dos policiais até 2016.


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