Quando jovem, Edson Bergara gostava de jogar futebol de várzea, mas era sua velocidade, e não o domínio de bola, que impressionava.
Certo dia, um amigo percebeu seu potencial para o atletismo e o convidou a disputar uma corrida de longa distância em São Paulo.
Até então, Edson não levava a atividade a sério e compareceu ao local da prova com um Conga (calçado popular nos anos 1970), que havia pegado emprestado do irmão.
Mesmo sem tênis apropriado para o esporte, venceu a competição. Foi a primeira de cerca de 2.000 vitórias.
Neto de espanhóis e filho do pedreiro Antonio e da dona de casa Rosa, era o segundo dos nove filhos do casal.
Começou a trabalhar com o pai muito jovem e, por isso, não concluiu o colegial. Pouco tempo depois, largou tudo para correr pelo mundo.
Nas décadas de 1970 e 1980, disputou provas em vários países. Entre as principais competições internacionais estão as maratonas de Nova York, Boston e Frankfurt, além de corridas em Angola, Portugal e Espanha.
Descrito pela família como uma pessoa bem-humorada e prestativa, apoiava atletas iniciantes que o procuravam.
Natural de Itapevi e criado em Carapicuíba e Osasco (Grande São Paulo), disputou competições pelo São Paulo e pela Portuguesa.
Já tinha mais de 40 anos quando decidiu parar de correr e voltar a trabalhar na área da construção civil.
Há dois anos, recebeu o diagnóstico de câncer no intestino. Morreu em decorrência da doença, na sexta-feira (22). Deixa três filhos.
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