Folha de S. Paulo


Associação de cientistas brasileiros reprova resgate de cães em São Roque (SP)

A SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) divulgou uma nota em que descreve como fruto de "desconhecimento" o ato da sexta-feira (18) durante o qual ativistas invadiram um laboratório de São Roque (66 km de SP) para resgatar cães da raça Beagle que eram usados em testes.

"A invasão e a retirada de cães usados em pesquisa e a depredação de parte de suas instalações, revela o desconhecimento por parte de quem praticou tais atos sobre a importância da utilização de animais para o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos para o ser humano bem como de outras espécies animais", publicou a organização em seu site.

Segundo a SBPC, o Instituto Royal, que é privado, classifica-se como uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e age de acordo com normas internacionais, como a da ISO (Organização Internacional pela Padronização, na sigla em inglês).

A associação diz, ainda, que o Royal está de acordo com as exigências da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e é fiscalizado pelo Inmetro, além de ter realizado "várias pesquisas, que contribuíram para o desenvolvimento de novos medicamentos e biofármacos para a indústria farmacêutica nacional."

Pode-se dizer que a SBPC está entre as organizações acadêmicas mais respeitadas do país.

Um advogado do Instituto Royal disse que nunca foi encontrada uma irregularidade no procedimento.

VIGILÂNCIA SANITÁRIA

Por meio de nota, a Anvisa esclareceu que não é responsável pela supervisão desse tipo de testes, regulamentado pela Lei Arouca, de 2008.

O órgão governamental se defendeu, dizendo que há dois anos trabalha em conjunto com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para encontrar métodos alternativos aos testes laboratoriais em animais vivos.

Abaixo, galeria de imagens da ação de defensores de animais no interior paulista.


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