O brasileiro Christian Uzuelle, 32, foi para a Argentina há oito anos para estudar medicina e hoje voltou para São Paulo após ser aprovado no programa Mais Médicos. "Nossa vontade é ajudar a população e acho que os médicos brasileiro vão entender isso", afirmou ele ao desembarcar.
Uzuelle foi um dos cinco médicos selecionados no programa que desembarcaram na tarde desta sexta-feira no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (na Grande São Paulo). Especializado em medicina legal e ciência forense, ele vai trabalhar na cidade de Itaquaquecetuba, na região metropolitana de São Paulo.
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| Sergio Lima/Folhapress | ||
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Ao ser questionado sobre a resistência dos médicos formados no Brasil ao programa Mais Médicos, Uzuelle afirmou que "o problema com hostilidade já tive quando fui pra fora. Nossa vontade é ajudar a população e acho que os médicos brasileiro vão entender isso".
Ele também afirmou que não será problema trabalhar em comunidades carentes. "[Em alguns lugares da Argentina] a situação é pior do que aqui. Tinha ruas de barro e não tinha esgoto".
A mesma opinião é compartilhada pela argentina Natália Alocco, 26, que também chegou à São Paulo hoje. Filha de brasileira, ela abandonou a residência em medicina da família em seu país para atuar na capital paulista. "Não vai ser muito diferente do que tinha lá. Só trabalhei em hospital público na Argentina", disse.
Os dois profissionais afirmaram que a questão financeira não foi decisiva para fazê-los se inscreverem no Mais Médicos, mas ambos afirmam que o salário de R$ 10 mil que receberão é um pouco superior ao que recebiam na Argentina. Eles apontam ainda que vieram para o Brasil por conta de familiares que moram no país.
Além dos cinco médicos formados na Argentina que chegaram durante a tarde, são esperados mais dois do mesmo país, possivelmente ainda nesta sexta-feira, além de outros de Portugal e da Espanha.