Folha de S. Paulo


Médicos entregam documento na sede da presidência em SP

Um grupo de médicos, entre eles o presidente da Associação Paulista de Medicina, Florisval Meinão, foi recebido na sede da presidência da República, na esquina da avenida Paulista com a rua Augusta, durante a manifestação na tarde desta quarta-feira (3).

Eles entregaram documento em que apresentam as reivindicações para um representante do Governo Federal. Os médicos são contrários à vinda de profissionais estrangeiros para atuar no SUS (Sistema Único de Saúde) sem teste para avaliação de conhecimentos e posterior validação dos diplomas no Brasil. Eles defendem também melhor remuneração no setor público e realização de uma carreira médica estatal.

Protestos se encontram e fecham os dois sentidos da av. Paulista

Segundo o presidente da Associação Paulista, as pautas já tinham sido apresentadas à presidente Dilma durante encontro ocorrido há cerca de dois meses.

O protesto teve início por volta das 16h, e reuniu cerca de 2.000 pessoas, segundo a PM. O ato começou em frente a sede da AMB (Associação Médica Brasileira), na rua São Carlos do Pinhal. O grupo então seguiu pela rua Pamplona e acessou a avenida Paulista, por onde acessaram a sede da Presidência da República, na altura da rua Augusta.

Outra manifestação, chamada "Da Copa eu abro mão: Quero dinheiro para Moradia, Saúde, Educação e Transporte de Qualidade", reunia cerca de 500 pessoas na praça Oswaldo Cruz com reivindicações como tarifa zero de transportes e desmilitarização da Polícia Militar.

A manifestação é organizada pelo MTST (movimento de trabalhadores sem teto) com apoio do Movimento Passe Livre, partidos como PSOL, PC do B e PSTU, entre outras entidades. "Da Copa eu abro mão. Eu quero mais dinheiro para saúde e educação", gritam os manifestantes.

O grupo diz que as propostas apresentadas pela presidente Dilma Rousseff (PT) "não são para os trabalhadores". Por isso, o grupo diz que está propondo à presidente "pactos".

Entre eles, além da estatização do transporte publico e da desmilitarização da polícia, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais "sem redução de salário", controle estatal sobre valores de alugueis e investimento maior em saúde e educação.

Juliana Knobel/Frame/Folhapress
Médicos bloqueiam as faixas do sentido Paraíso da avenida Paulista durante manifestação em SP
Médicos bloqueiam faixas da avenida Paulista no sentido Paraíso durante manifestação em SP

OUTROS

Mais cedo, houve um ato com cerca de 300 pessoas na avenida Carlos Lacerda, na região do bairro Pirajussara (zona oeste). A Polícia Militar não soube informar as reivindicações do grupo, que fechavam totalmente a via. O protesto foi pacífico e já tinha sido encerrado às 17h.

Também ocorreram mais cedo, um ato na rua Pedro de Toledo, na Vila Clementino (zona sul) e outro na rua Quirino de Andrade (centro). O segundo reuniu funcionários da Unesp, que aguardavam uma reunião entre representantes do Sintunesp (Sindicato dos Trabalhadores da Unesp) e o reitor da universidade. A categoria reivindica isonomia salarial em relação aos servidores da USP e da Unicamp.


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