Folha de S. Paulo


Alckmin mandou PM sair da frente do Palácio durante protesto

Minutos antes de a manifestação chegar ao Palácio dos Bandeirantes, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), deu ordem para que a Polícia Militar saísse da frente da residência oficial e se concentrasse dentro do prédio. Ele permanece lá com parte de seu secretariado.

A Folha conversou com um dos integrantes da equipe de Alckmin, que está no Bandeirantes.

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As informações de que a passeata transcorrera em absoluta calma até agora, sem nenhum incidente, tranquilizou Alckmin. E ajudou na decisão de que a polícia não impedisse a marcha até o palácio.

Ele achou que era possível adotar, perto da própria residência, a mesma estratégia que adotara em toda a cidade. Ou seja, deixar a manifestação acontecer sem qualquer vestígio de repressão.

A equipe do governador conseguiu ver, das janelas, a chegada de um grupo de pessoas que protestam.

Logo depois, começou a confusão, com alguns deles pulando nas grandes e forçando a entrada no Bandeirantes. Outros manifestantes, porém, tentaram acalmar os mais exaltados. Foram vistas bombas no local, mas o Palácio afirma que não foram lançadas pelos policiais do local.

Esse é o quinto protesto feito contra o aumento do transporte público. As últimas manifestações foram marcadas por confrontos. O último caso ocorreu na quinta-feira (13), quando houve confusão na rua da Consolação, na região central. Segundo organizadores, ao menos cem pessoas ficaram feridas e mais de 200 foram detidas. Dentre jornalistas, houve 15 feridos, sendo sete da Folha.

Para esta segunda-feira, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a Polícia Militar não usará balas de borracha contra os manifestantes. "Nós acreditamos em uma manifestação pacífica e organizada, em que a polícia vai apenas ordenar para que ela aconteça", disse ontem (16) o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira.


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