Folha de S. Paulo


Dupla é presa após se passar por funcionários da Receita Federal em SP

Dois homens que se passavam por funcionários da Receita Federal foram presos na rua Augusta, região central de São Paulo, na manhã de sexta-feira (3). Outros dois homens também são investigados.

A dupla tentava enganar comerciantes com vendas de produtos, como farinha, óleo, açúcar e soja, informou a SSP (Secretaria de Segurança Pública).

As transações começavam por telefone e amostras das mercadorias eram enviadas via correio às vítimas.

Um homem se passando por fiscal da Receita Federal ofereceu a um comerciante farinha de mandioca pelo preço de R$ 75 cada saco de 50 kg. O objetivo era vender um total de 600 sacas do produto, informou a SSP.

Ao ser questionado sobre a procedência da farinha, o suposto funcionário da Receita Federal afirmou que o produto era fruto do recebimento de dívidas que empresas teriam com o Estado, afirmou o delegado adjunto do 4º DP (Consolação), Dimitrios Coelho Batista.

Após acertos via telefone, um comerciante, que é primo de um empresário de Pernambuco, veio da cidade de Feira Nova para fechar negócio em São Paulo. A família possui uma empresa de cereais no Estado.

Ao chegar a capital, a vítima foi encaminhada para um hotel e depois levada por José Mário Duarte, 55, um dos falsos fiscais, até a rua Augusta. No local, a vítima fecharia o negócio com Dario de Lima Júnior, 40, que também se passava por funcionário da Receita Federal.

Duarte ainda ofereceu à vítima outros tipos de produtos como açúcar, óleo e soja. O comerciante disse que entraria em contato com o primo, em Pernambuco, e caso houvesse interesse ele faria o depósito do valor dos produtos.

Policiais civis do 4º DP obtiveram a informação da transação comercial e foram ao local para impedir o golpe. Os dois suspeitos foram presos por estilionato, formação de quadrilha, usurpação de função pública e simulação da qualidade de funcionário.

Outros dois suspeitos, o que recebeu a vítima no aeroporto e o que fez os primeiros contatos telefônicos estão sendo investigados. A Folha não conseguiu entrar em contato com os advogados dos acusados.


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