Folha de S. Paulo


'Tô preso, mas não tô morto', diz Beira-Mar em gravação feita em prisão

No julgamento por duplo homicídio de Luiz Fernando da Costa, 46, o Fernandinho Beira-Mar, o promotor Marcelo Muniz Neves apresentou interceptações telefônicas do aparelho usado pelo réu, feitas com autorização judicial.

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Na ocasião, em julho de 2002, Beira-Mar estava preso em Bangu 1 e do presídio organizava uma conferência com criminosos de sua quadrilha e de um grupo rival no interior da favela Beira-mar, na Baixada Fluminense.

Fabio Teixeira/Folhapress
Fernandinho Beira-Mar é julgamento no Rio de Janeiro; ele é acusado de mandar matar dois homens em 2002
Fernandinho Beira-Mar é julgamento no Rio de Janeiro; ele é acusado de mandar matar dois homens em 2002

"Quero todo mundo reunido aí. Vamos colocar as peças (armas) no chão e resolver isso aí. Eu tô preso mas não tô morto e quem manda aí sou eu", disse Beira-Mar no áudio.

Logo depois, ainda nas gravações, houve uma discussão entre os traficantes, e três deles foram baleados: Antonio Alexandre Vieira Nunes, Ednei Thomaz Santos e Adailton Cardoso Lima. Os dois primeiros morreram.

A apresentação das gravações deixou as duas dezenas de parentes do traficante e as pessoas que assistem ao julgamento indignados. Após a apresentação das gravações, o Ministério Publico iniciou suas considerações no debate entre acusação e defesa.

Beira-Mar tem mais de 50 anos de condenações por tráfico de drogas e homicídio. Ele ainda responde a processos por venda ilegal de entorpecentes, homicídio e lavagem de dinheiro na Justica Estadual e Federal do Rio de Janeiro, Paraná e Mato Grosso do Sul.


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