Folha de S. Paulo


Beira-Mar nega ter ordenado matar dois homens em favela no Rio

O traficante Luiz Fernando da Costa, 46, o Fernandinho Beira-Mar, negou ao juiz Murilo Kieling ter ordenado e planejado a morte de dois homens na favela Beira-Mar, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, em 2002.

O criminoso, que cumpre pena no presídio federal de Catanduvas, no Paraná, está sendo julgado no 4º Tribunal do Júri, no centro do Rio de Janeiro.

"Não, de forma alguma eu mandei matar alguém", disse Beira-Mar em depoimento.

Fernandinho Beira-Mar está preso desde 21 de abril de 2002 quando foi encontrado na Colômbia por tropas colombianas.

Beira-Mar diz que já atuou no tráfico de drogas mas que sua ocupação principal era de empresário, do ramo de construção civil. O traficante diz que hoje não trabalha.

Atualmente, segundo ele, faz faculdade de Teologia à distância. Beira-Mar não disse em qual instituição está inscrito.

À Folha, o advogado de Beira-Mar, Wellington Corrêa da Costa Júnior, afirmou que irá pedir a retirada do processo das escutas nas quais o traficante teria ordenado as mortes. "Elas foram realizadas pela Polícia Federal sem autorização judicial, o que é ilegal", disse Costa Júnior. Se o pedido não for aceito, o advogado disse que irá pedir a anulação do júri.


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