Folha de S. Paulo


Promotor diz que irá recorrer para aumentar pena de Bruno

O promotor Henry Vasconcelos afirmou na madrugada desta sexta-feira que está satisfeito com a condenação do goleiro Bruno Fernandes de Souza, a 22 anos e três meses, sendo inicialmente em regime fechado, mas afirmou que vai recorrer.

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"Não estou feliz porque uma pessoa morreu, mas estou satisfeito", afirmou o promotor, que defende uma sentença de 26 a 28 anos a Bruno.

Na leitura da sentença, a juíza Marixa Rodrigues afirmou que Bruno "demonstrou ser uma pessoa fria, violenta e dissimulada" e acrescentou que a sociedade hoje reconheceu o envolvimento dele como mandante na "trama diabólica".

A sentença foi lida nas primeiras horas do dia da mulher. Nela, a juíza destacou que "a supressão de um corpo humano é a verdadeira violência que se faz com a matéria" e não concedeu a Bruno o mesmo benefício dado a Macarrão, de redução de pena devido à confissão do crime.

A ex-mulher do jogador, Dayanne Souza, que também era ré no processo foi absolvida. Ela era acusada pelo sequestro e cárcere privado do filho de Eliza com o jogador. O crime ocorreu, segundo argumentou a Promotoria, porque Bruno se recusava a pagar pensão o menino. O crime ocorreu em 10 de junho de 2010.

CONDENADOS

Bruno foi o terceiro condenado pelo assassinato de Eliza. Em novembro, foram julgados e condenados Luiz Henrique Romão, o Macarrão, e Fernanda Castro. Macarrão, que foi secretário de Bruno, foi condenado a 15 anos de prisão, sendo 12 em regime fechado pelo homicídio de Eliza.

Fernanda era a ex-namorada do goleiro. Ela foi condenada a cinco anos de prisão em regime aberto pelo sequestro e cárcere privado de Eliza.

Macarrão teve oito anos de redução na sua pena (de 20 para 12 anos) porque apontou o goleiro como o mentor da morte.

NOVOS JULGAMENTOS

O próximo réu desse caso a ser julgado será o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Ele foi denunciado como o executor de Eliza. No seu interrogatório, Bruno apontou Bola como o matador contratado.

Em maio, serão julgados por sequestro e cárcere privado do bebê Wemerson Marques de Souza e Elenilson Vítor da Silva. Eles trabalhavam para Bruno.

Editoria de Arte/Folhapress
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