Durante a primeira rodada de debates no julgamento de Gil Rugai, a acusação usou depoimentos que ainda não haviam sido utilizados na tentativa de provar que o réu matou o pai e a madrasta, em março de 2004. O julgamento entrou no quinto dia nesta sexta-feira (22) e o veredito deve sair no início da noite de hoje.
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Segundo o depoimento do primeiro investigador que conversou com Gil quando ele chegou ao local do crime, em Perdizes (zona oeste de SP), o réu fez diversas perguntas sobre calibres de armas.
Gil Rugai, segundo a acusação, perguntou qual o calibre da arma usada pelo criminoso para matar as vítimas e se esse calibre era perigoso. O réu também teria questionado o investigador se a arma usada era a mesma da polícia e qual o calibre com o maior poder de destruição que ele conhecia.
Antes, a acusação mostrou um vídeo de 14 segundos mostrando a reação de Gil ao chegar com a mãe ao local do crime.
O promotor do caso, Rogério Leão Zagallo, disse que o acusado estava usando o mesmo casaco que o vigia Domingos disse ter visto Gil usar ao sair do local do crime.
Zagallo também ressaltou a frieza com que o réu perguntou sobre a morte do pai à polícia. "Mas eu posso saber pelo menos o que está acontecendo", disse o jovem no dia do crime.
Durante todo o julgamento a defesa tentou mostrar que as provas para incriminar o jovem eram fracas e que a polícia deixou de adotar outra linha de investigação para tentar achar outros culpados. Ontem, a defesa apontou um ex-funcionário da empresa do pai do rapaz como um dos interessados na morte do empresário.
Para a Promotoria, Rugai matou o casal após o pai descobrir um desfalque que o jovem deu na empresa.