Folha de S. Paulo


Ex-funcionário teria interesse em morte de pai de Rugai, diz defesa

A defesa de Gil Rugai apontou na noite desta quinta-feira (21) um ex-funcionário da empresa do pai do rapaz como um dos interessado na morte do empresário. Luis Carlos Rugai foi morto a tiros em março de 2004 e seu filho é acusado pelo crime.

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A nova teoria da defesa de Gil foi apresentada durante o depoimento do rapaz, neste quarto dia de julgamento no fórum da Barra Funda (na zona oeste de São Paulo). O júri foi interrompido por volta das 21h e deverá ser retomado às 8h de sexta, com o debate entre acusação e defesa.

Segundo o advogado Marcelo Feller, o ex-funcionário mencionado seria nomeado chefe de uma cooperativa que o pai de Gil tinha planos de abrir. Entretanto, ele foi demitido cerca de um ano antes do crime.

Uma das provas que a defesa usou para mostrar que o ex-funcionário ficou insatisfeito com a decisão foi a abertura de um processo trabalhista para cobrar uma dívida de R$ 600 mil da empresa de Luis Carlos Rugai. De acordo com os advogados, o processo continua correndo na Justiça.

Os advogados de Gil argumentaram que o valor dessa cobrança é um motivo maior que o apontado para que o réu fosse culpado pelo duplo homicídio --ele é suspeito de ter desfalcado cerca de R$ 100 mil da empresa do pai.

Questionada, a defesa de Gil Rugai afirmou que não chamou o ex-funcionário para depor porque ele não foi encontrado.

Os advogados ainda afirmaram que a Justiça poderia não encontrá-lo e eles perderiam a chance de chamar uma testemunha mais importante entre as dez escolhidas para depor.

Segundo a defesa de Gil, o ex-funcionário era a única pessoa, além do réu, a ter as chaves da casa onde o casal foi assassinado. A defesa criticou a investigação policial ao dizer que o homem nunca foi investigado.


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