Folha de S. Paulo


Começa depoimento de Gil Rugai, acusado de matar pai e madrasta

Depois de 15 testemunhas serem ouvidas em cinco dias de julgamento, começou às 15h47 o interrogatório de Gil Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta a tiros em março de 2004. Outras três pessoas já foram ouvidas nesta quinta-feira (21), inclusive o ex-sócio do réu, Rudi Otto Kretschmar. Todas foram chamadas pelo juiz.

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Em depoimento, o ex-sócio contou que a arma que ele havia visto na pasta de couro do réu sumiu logo após o crime. Kretschmar disse que revirou a empresa e a gaveta onde Gil costumava guardar a arma, mas nada foi encontrado.

O ex-sócio disse que não chegou a segurar a arma nem sabia se ela era verdadeira. Além da pistola, ele afirmou ter visto duas facas, uma estrela ninja, dólares e papéis com entorpecentes dentro de uma "mala de fuga" de Gil.

O vigia que trabalhava ao lado da casa onde ocorreu o crime foi ouvido após Kretschmar. A guarita dele ficava próxima à casa das vítimas, mas ele era responsável por cuidar das casas do outro lado da rua.

A testemunha afirmou que avisou o vigia Domingos Ramos Oliveira de Andrade --responsável pela segurança da casa das vítimas e que disse ter reconhecido Gil após o crime-- ao ouvir a primeira sequência de disparos. Ele contou que não viu ninguém sair da casa após o barulho.

O motorista de um arquiteto, que mora ao lado da casa onde ocorreu o crime, disse ter ouvido os disparos quando estava na casa do patrão dele. Após a segunda sequência de disparos, ele disse ter descido as escadas para vasculhar a casa. Antes, ele ouviu o arquiteto dizer que ligaria para o vigia para comunicar o fato.

O horário desta ligação seria, segundo a defesa, próximo ao que Gil Rugai teria feito uma ligação de seu escritório, o que poderia tirar o réu da cena do crime. Entretanto, o documento com registro dessas ligações não foi apresentado.


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