O campeão olímpico de judô e vereador Aurélio Miguel (PR) criticou o Ministério Público Estadual e a imprensa durante pronunciamento de aproximadamente 15 minutos na Câmara Municipal. Ele afirmou que teve os sigilos fiscal e bancário quebrados de "forma obscura".
Justiça de SP quebra sigilos bancário e fiscal de Aurélio Miguel
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"Estão atentando contra a honra deste vereador", disse logo no início de seu discurso. Sempre falando na terceira pessoa, ele disse que abriu os sigilos fiscais e bancários ao Ministério Público.
A Folha revelou nesta semana que o vereador teve uma explosão patrimonial após se tornar parlamentar. A Justiça decretou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do vereador.
"Fico triste pelas informações de quebra de sigilo fiscal e bancário. Desde o ano passado, este vereador, sem saber quais eram as denúncias foi ao primeiro DP e registrou um BO de denunciação caluniosa", afirmou.
Ele se refere às denúncias de recebia propina de construtoras para liberar projetos.
| Luiz Carlos Murauskas - 06.jun.12/Folhapress | ||
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| Vereador Aurélio Miguel, que teve os sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça de São Paulo |
"Esse vereador colocou seus sigilos à disposição. Não só autorizou a quebra como levou [ao Ministério Público] todos os impostos de renda e também todos os extratos bancários por não temer nada a respeito desse absurdo que tentam me envolver", afirmou.
Miguel disse que conhece Hussein Aref Saab, ex-chefe Aprov (setor da prefeitura responsável por liberar imóveis na cidade) que é investigado por enriquecimento ilícito. "O conheço porque ele foi ouvido aqui na CPI que em que eu atuei", disse.
Ele diz que, desde 2006 questiona os processos da Secretaria Municipal de Habitação. "Peço que se faça uma investigação naquele órgão que é uma caixa preta. Por isso, pedi tantas vezes a investigação".
"Já estão me incriminando e me condenando com base em suspeitas. Em relação ao meu patrimônio, está tudo declarado para o TRE, não há nada que não esteja declarado. O TRE não identificou nada de errado, tanto que me deu a diplomação".
O judoca disse que parte de seus bens são relacionados a herança, como a de um imóvel de R$ 3,5 milhões herdado de sua mãe.
Por fim, ele chamou a apuração das denúncias de corrupção no Aprov como "novela mexicana".
"Tenho rendimentos suficientes para conseguir os bens que tenho, tenho empréstimo do meu genitor e financiamentos da Caixa".
| Editoria de Arte/Folhapress | ||
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