Folha de S. Paulo


Jurado passa mal e interrompe julgamento de Rugai por quase meia hora

Um dos sete jurados que participa do julgamento de Gil Rugai, acusado de matar o pai e a madrasta em 2004, passou mal e precisou receber atendimento médico às 17h50 desta terça-feira (19). Durante o depoimento do delegado Rodolfo Chiareli, um homem do júri levantou a mão e pediu para sair da sala devido ao desconforto.

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O julgamento foi interrompido e a equipe médica do local fez o atendimento. O médico responsável pelo atendimento foi informado que o paciente tem um histórico de hipertensão.

O jurado foi atendido e o julgamento recomeçou às 18h15.

DEPOIMENTO

O delegado Rodolfo Chiarelli, responsável em conduzir as investigações do caso Gil Rugai, disse que todas as provas comprovam que o ex-seminarista é o culpado pelas mortes do empresário Luis Carlos Rugai e da mulher dele, Alessandra Troitino.

Chiarelli foi a segunda pessoa a ser ouvida hoje, no segundo dia de julgamento no Fórum da Barra Funda (zona oeste de SP). Ele é a última testemunha de acusação e, em seguida, devem começar o depoimento das testemunhas de defesa de Gil Rugai.

O delegado disse que em nenhum momento da investigação apareceram outros suspeitos ou outra linha a ser investigada. Ele citou as provas coletadas pela polícia, entre elas, sobre a arma do crime que foi encontrada em uma caixa coletora de águas pluviais em um condomínio onde Gil Rugai tinha um escritório. O local é de acesso restrito aos moradores do local.

A arma, conta o delegado, foi achada por um carroceiro quando ele fazia a limpeza do local. O espaço não recebia manutenção há ao menos um ano e meio, segundo depoimentos colhidos pelo delegado.

Outro ponto citado por Chiarelli é que dez balas de pistola encontradas na casa de Gil eram compatíveis com a arma encontrada no condomínio e com as cápsulas que estavam na cena do crime, que se comprovaram compatíveis com a pistola.

Ao ser questionado pelo promotor Rogério Leão Zagallo se Gil Rugai era o responsável pelas mortes, o delegado afirmou: "Eu não tenho nenhuma dúvida."

Editoria de Arte/Folhapress
Inocente ou culpado? GIL RUGAI 17/02

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