São Paulo tem motivos para se orgulhar de sua gastronomia. Mas não é a única estrela a brilhar no pavilhão nacional da boa comida. Uma passagem-relâmpago pelo Rio de Janeiro --que, aliás, é o berço da alta gastronomia no país-- mostra ainda muitos ecos do passado glorioso.
- Crítico avalia três casas badaladas no atual cenário carioca
- Segunda onda de restaurantes paulistanos invade a capital fluminense
Ali foi a capital brasileira, por onde chegavam os ventos da Europa, e até mesmo uma corte fugitiva e francófila (em 1808) que trouxe o sotaque francês também para a cozinha.
Com matizes diferentes, os franceses chegaram dois séculos adiante, na figura de jovens chefs impregnados pela "nouvelle cuisine", prontos para ousar. Na década de 1980, a moderna gastronomia era coisa de cariocas -e seus ecos estão ainda no restaurante Olympe, de um daqueles jovens, Claude Troisgros.
Hoje, o Rio parece manter, também na cozinha, suas linhas de contraste com São Paulo. De forma geral, os paulistas são mais bem servidos -do pê-efe à alta cozinha, sempre há boas opções. Já no Rio, brilham os botequins, mas falta a mesma riqueza de opções numa faixa intermediária.