A quantidade de dinheiro em papel ou moeda em circulação subiu 6,11% neste ano, acima de 2015 e 2016, quando a variação ficou abaixo de 3%, segundo o Banco Central.
"Com a melhora nos indicadores de atividade econômica e redução da taxa de juros, há aumento da demanda para transações, decorrente de maior atividade econômica" diz, em nota, a instituição.
A emissão de papel moeda também é instrumento de política monetária, diz Juliana Inhasz, economista do Insper. "É como mexer no nível do depósito compulsório: o intuito é influenciar a circulação de dinheiro e a inflação."
O movimento de 2017 é na direção contrária: há quedas sucessivas de taxas de juros, acompanhadas por aumento no meio circulante, afirma.
Com inflação e juros altos, manter papel moeda parado implica perdas grandes de valor. Essas variáveis estão em patamares menores, e as pessoas não evitam tanto guardar dinheiro físico, segundo Rafael Schiozer, da FGV.
"Soma-se a isso a lentidão da adoção de meios eletrônicos. Os custos de transação para moeda plástica ainda são altos para os lojistas, que preferem receber em dinheiro."
NA MÃO É VENDAVAL - Evolução da quantidade de papel e moeda em circulação
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