Folha de S. Paulo


Copa da Rússia terá venda menor de pacotes no Brasil que em 2010

Rodolfo Buhrer/La Imagem/Fotoarena/Folhapress
KAZAN, RT - 18.06.2017: PORTUGAL X MÉXICO - Vista do estádio após a partida entre Portugal x México válida pela primeira rodada da Copa das Confederações 2017, neste domingo (18), realizada na Arena Kazan, em Kazan, na Rússia. (Foto: Rodolfo Buhrer / La Imagem/Fotoarena/Folhapress) ORG XMIT: 1339509 *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
Arena Kazan, um dos estádios que servirá de palco para a Copa do Mundo da Rússia em 2018

A venda de pacotes para a Copa do Mundo na Rússia deverá ficar abaixo do total comercializado em 2010, na África do Sul —último Mundial realizado fora do Brasil.

A estimativa é da Top Service, agência que representa oficialmente a Fifa no Brasil.

Na Copa de 2010, foram vendidos 6.000 pacotes para brasileiros. A projeção para 2018 é comercializar entre 4.000 e 5.000, afirma Paulo Castello Branco, presidente da companhia.

"É uma expectativa positiva. Além do cenário econômico difícil, a Rússia é um destino mais distante e caro."

Cerca de 80% dos pacotes são contratados por companhias que oferecem a viagem como incentivo a fornecedores e funcionários.

"O perfil das empresas que compram não mudou, mas elas devem levar menos pessoas, e os pacotes mais caros têm tido menos procura."

Até agora, foram comercializadas 850 viagens no país. O número deve chegar a 3.000 até o fim deste ano —a tendência é que a demanda cresça a partir de setembro.

A Agaxtur e a Honour, duas das cinco agências cadastradas para vender os pacotes adquiridos pela Top Service, são mais otimistas e estimam um resultado superior à Copa de 2010.

"A vantagem da Rússia é que as cidades são organizadas, a infraestrutura hoteleira já era estruturada antes do evento, e há muitas opções de passagens aéreas via Europa", afirma Aldo Leone Filho, presidente da Agaxtur.

TURISMO E FUTEBOLPacotes para ver a Copa do Mundo na Rússia

*

Imposto de combustíveis fará preço subir até 5% nas gôndolas

Os preços nas gôndolas dos supermercados do Estado de São Paulo deverão subir de 2% a 5% em consequência da alta dos combustíveis desencadeada pelas novas taxas de PIS e Cofins sobre gasolina, diesel e etanol.

A projeção é da Apas, a associação do segmento.

O impacto maior vai acontecer nos bens perecíveis, como frutas e legumes, que não podem ser estocados e, portanto, precisam ser transportados em pequenas quantidades e frequentemente.

Esses itens representam cerca de 8% das vendas supermercadistas, e, por isso, o impacto final na conta não deve ultrapassar 5%, segundo Rodrigo Mariano, economista da associação.

A alta será repassada. "As margens do setor são baixas, e qualquer alta de custo reflete em aumento de preço."

As alíquotas devem influenciar os preços que são indexados ao índice de inflação, afirma Luis Fernando Castelli, economista da GO Associados. A gasolina, por exemplo, representa 3,5% do IPCA, segundo ele.

"Os insumos que se usam no começo das cadeias, como combustível e energia elétrica, têm impactos indiretos mais altos nos índices."

Editoria de Arte/Folhapress
Comercio

*

Financiadora do Ministério da Ciência terá 'Refis' de R$ 500 milhões

A Finep, financiadora para projetos voltados a inovação ligada ao MCTIC (ministério de ciência e tecnologia), vai iniciar uma espécie de Refis, que dará descontos a companhias devedoras.

"Em dezembro do ano passado, a dívida de projetos reembolsáveis que [as empresas] tinham conosco era de R$ 5,3 bilhões", afirma Ronaldo Camargo, diretor-financeiro da instituição.

"Vamos negociar com um grupo responsável por cerca de R$ 500 milhões desse valor, cujos processos judiciais estão mais avançados, com bens já penhorados."

O programa será apresentado a devedores nesta quarta (2) e as cerca de cem empresas pré-selecionadas terão 90 dias para aderir.

Os descontos sobre multas e encargos vão variar de 100% a 75%, a depender do número de parcelas.

"Até aqui, negociamos com companhias que nos procuram, e cada renegociação dura em média seis meses. Agora, queremos falar com um grupo maior de empresas para ter resultados em até três meses", diz Camargo.

PARCELAMENTO DA DÍVIDA - Descontos concedidos sobre multas e encargos para empresas que possuem débito com a Finep*. Em %

*

Alta esconde queda

O faturamento do comércio da cidade de São Paulo acumula uma alta de 3,7% nos últimos 12 meses até maio, aponta pesquisa da ACSP (associação comercial).

O número traz embutido a inflação no período —em volume de vendas, houve uma retração de 3,3%.

Só em maio, o varejo restrito teve queda de 5% na comparação com o mesmo mês do ano passado, e o dado é ainda pior quando se leva em conta que, em 2017, ele contou com um dia útil a mais.

O que explica as pioras nos números de itens transacionados é o desemprego e a escassez de crédito, segundo o economista da entidade, Ulisses Ruiz de Gamboa.

"Há diferenças muito grandes de acordo com o setor da economia. Os que são ligados à imóveis, como as lojas de de decoração, tiveram quedas significativas", diz ele.

Em volume, as autopeças têm o melhor desempenho em 12 meses, de 6%.

A expectativa é que haja melhora com menos inflação, pois isso significa alta no poder aquisitivo e nos índices de confiança das famílias.

Variação do faturamento nominal - Por setores, nos últimos 12 meses, em %

*

Energia... O consumo de energia no mercado livre teve alta no primeiro semestre deste ano em 6 dos 12 segmentos analisados pela Comerc, que vende energia a grandes consumidores.

...livre As indústrias que mais crescem são de veículos e autopeças (3,6% em relação a 2016) e têxtil (3,2%). Na média, porém, a alta do consumo é menor, de 1,13%.

*

com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e IGOR UTSUMI


Endereço da página:

Links no texto: