Folha de S. Paulo


Consumo de asfalto cresce 7%, mas o setor não se recupera de queda de 2015

O volume de asfalto consumido entre janeiro e agosto no Brasil cresceu 7% em relação ao ano passado, quando o setor teve uma diminuição brusca de atividade.

Prefeituras foram responsáveis por parte da movimentação, diz José Alberto Ribeiro, presidente da Aneor, associação de empresas que atendem a União. "Pavimentar ruas dá visibilidade em ano eleitoral", afirma.

As esferas federal e estadual não aumentaram o consumo em 2015, ele afirma.

As concessionárias, no entanto, podem ter incrementado a sua atuação, segundo Luiz Rocholi, da associação das distribuidoras de asfalto.

"A União passou a quitar restos a pagar de 2015 neste ano, e o Dnit (departamento nacional de transportes) acerta as faturas com mais respeito ao prazo."
Apesar do aumento, a quantidade de metros cúbicos não alcançou patamares de anos anteriores.

"O mercado não está bem. Mesmo com o crescimento deste ano, não se vislumbra uma recuperação de verdade", afirma Rocholi.

Na semana passada, ele e outros empresários do segmento se reuniram na Fiesp, em São Paulo, com Pedro Parente, presidente da Petrobras, e levaram uma série de reivindicações do setor.

Uma delas é que a estatal passe a ser somente uma fornecedora de um tipo básico de asfalto, e outras empresas sejam as responsáveis por fabricar materiais de cobertura mais sofisticados.

Consumo de asfalto por ano - milhões de metros cúbicos

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Atrás dos alunos de elite

O grupo SEB, do empresário Chaim Zaher, um dos acionistas da Estácio, investiu mais de R$ 150 milhões em um projeto de educação infantil e fundamental.

O capital para o empreendimento é próprio.

As primeiras duas escolas da nova bandeira, chamada Concept, serão nas cidades de Ribeirão Preto e Salvador, e começam a receber alunos em janeiro do ano que vem.

Uma terceira unidade começará a operar em São Paulo no ano seguinte.

"Nosso projeto é de expansão para outras capitais, e temos plano de negócios para abrir fora do Brasil", afirma Thamila Zaher, filha de Chaim e diretora-executiva do grupo SEB.

As escolas serão voltadas ao público de classe alta, cuja demanda por ensino privado deve crescer no futuro, segundo projeções da própria empresa.

Para se diferenciar, a escola buscou práticas de outros países para incorporar ao projeto de educação.

A partir do ensino médio, os alunos poderão optar por algumas disciplinas. Campos de conhecimento como os ligados ao empreendedorismo e aos conceitos de sustentabilidade vão ser incorporados à grade.

39
são as redes de escolas e instituições do grupo

R$ 3.800
é o valor inicial da mensalidade da nova escola

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Um quarto de inovação

O valor de investimento do BNDES em inovação no primeiro semestre deste ano não chegou a 25% do total emprestado em 2015 pelo banco, segundo dados obtidos pela CNI (confederação das indústrias).

O montante ainda poderá crescer nesta segunda metade de 2016, mas dificilmente chegará ao total do ano passado, afirma Paulo Mól, superintendente do IEL, braço da entidade que coordena a área de inovação.

"Houve uma queda forte de demanda das empresas por projetos do gênero, que são os de maior risco. O segundo semestre tende a ser mais forte, mas tudo indica que haverá uma retração."

A fatia que a inovação ocupa no total de desembolsos do banco diminuiu: em 2015, foi de 4,4% e, no primeiro semestre, de 3,5%.

ALGUMA NOVIDADE? - Inovação de empresas brasileiras

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O ano dos protestos

Os títulos protestados cresceram 24,2% entre janeiro e setembro deste ano, na comparação com 2015, de acordo com a Boa Vista SCPC.

Se for levado em conta apenas o mês de setembro, no entanto, houve uma melhora: foram 5,6% a menos.

Em média, os títulos não pagos e levados aos cartórios têm valor de R$ 4.000.

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Eu... A confiança do varejo em São Paulo subiu 23,5% em setembro, em comparação com o mesmo mês do ano passado, aponta a FecomercioSP.

...acredito Essa é a terceira alta anual do indicador, e o quinto aumento em relação ao mês anterior. Entre agosto e setembro, o índice cresceu 2%.

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Hora do café

com FELIPE GUTIERREZ, TAÍS HIRATA e CAROLINA MUNIZ


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