Folha de S. Paulo


Têxtil fomenta exportação a partir de fábricas de fora

A Vicunha Têxtil tem buscado o mercado externo por meio de suas fábricas no exterior. Cerca de um terço de sua receita vem de exportações -a planta no Equador já responde por 10% do total.

As vendas a outros países a partir do Brasil giram em torno de 18%. "Não é que a exportação daqui caia, ela não vem subindo. Então, pegamos o mercado com as fábricas de fora", diz Ricardo Steinbruch, presidente da Vicunha Têxtil.

A empresa, que iniciou a distribuição de seus produtos na década de 90 na Argentina, passou a produzir também no país vizinho em 2011.

Mastrangelo Reino - 10.set.2010/Folhapress
Ricardo Steinbruch, presidente da Vicunha têxtil
Ricardo Steinbruch, presidente da Vicunha têxtil

"Apesar da dificuldade com o governo, decidimos fabricar localmente para não abandonarmos o mercado que havíamos criado", afirma.

"Fizemos acordos, produzimos lá para podermos importar do Brasil também", acrescenta o empresário.

"O mercado é bom na Argentina e é preciso ter uma visão de longo prazo. Até o ano passado foi muito bem. Este 2014 é que está sendo mais difícil", afirma.

"No Equador, por outro lado, onde nossa fábrica produz basicamente denim, não tivemos nenhum problema político com o governo."

Depois de investir por volta de R$ 600 milhões em praticamente todas as fábricas desde 2009, segundo Steinbruch, a empresa planeja um outro aporte de R$ 50 milhões para a melhoria de processos e de US$ 15 milhões (R$ 38,25 milhões) na fábrica do Equador, para o triênio 2015-2018.

No Brasil, a Vicunha produz principalmente denim e brim em quatro plantas -três fábricas no Ceará e uma no Rio Grande do Norte.

R$ 1,294 bilhão foi a receita líquida em 2013

8.000 é o número de funcionários

Principais concorrentes Cedro Cachoeira, Tavex Têxtil/ Santista Têxtil e Canatiba

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Fabricantes de brinquedos projetam alta de 11% em 2014

Os fabricantes de brinquedos devem registrar uma alta de 11% no faturamento deste ano -número um pouco menor que o de 2013, quando o crescimento ficou em 14%.

No total, deverão ser cerca de R$ 9,5 bilhões em produtos vendidos.

A projeção, feita pela Abrinq (associação nacional do setor), tem como base o resultado das vendas do Dia das Crianças. A data movimentou R$ 3,5 bilhões.

Editoria de Arte/Folhapress

"O bom desempenho decorre do número de lançamentos feitos pelas companhias. Foram 1.000 no período anterior à data. Para o Natal, serão mais 300", afirma o presidente da entidade, Synésio Batista.

Com o incremento das vendas, as fabricantes brasileiras esperam ganhar cinco pontos percentuais do mercado nacional. No início do ano, a participação delas era de 55%, segundo Batista.

"Os lançamentos ajudam as brasileiras a tomar espaço das americanas e chinesas."

A alta do dólar também deve favorecer a indústria local. "O preço dos brinquedos importados pode ser elevado até o fim do ano se a moeda continuar no ritmo atual", acrescenta o executivo.

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Independência econômica

A região da Espanha cuja população votou no último domingo (9) pela independência, a Catalunha, é a mais rica do país, com um PIB de € 192,5 bilhões (cerca de R$ 610 bilhões) em 2013.

Os catalães, no entanto, não possuem o maior PIB per capita, que gira ao redor de € 26,7 mil (R$ 84,7 mil).

À frente, aparecem País Basco, Navarra e Madri, com € 30 mil, € 28,9 mil e 28,4 mil, respectivamente.

Editoria de Arte/Folhapress

A renda por habitante da região cresceu no último ano. A alta, contudo, decorreu da diminuição da população. Grande parte dos jovens tem deixado o país desde 2008 por causa do desemprego.

Entre 2008 e 2013, a retração média anual do número de moradores da região foi de 1,22%. País Basco, Madri e Navarra registraram, por sua vez, -1,14%, -1% e -0,84%.

Antes da crise, o setor da construção civil vinha puxando o crescimento da região, que historicamente tem forte atuação nos segmentos têxtil e farmacêutico.

A votação realizada no fim de semana foi simbólica, pois o governo espanhol não a considerou legal.

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Patente carioca

O primeiro centro de pesquisas da América Latina da multinacional americana GE, que será inaugurado nesta quinta-feira (13), no Rio de Janeiro, já detém três pedidos de patentes sob análise.

As pesquisas que buscam o selo de propriedade intelectual da companhia são nas áreas de bioenergia, aviação civil e realidade aumentada.

"Um dos nossos desafios é produzir etanol a um custo menor e em processos mais eficientes", afirma a pesquisadora Suzana Domingues.

A unidade carioca consumiu US$ 120 milhões (R$ 306 milhões) e demorou dois anos para ficar pronta. Nesse período, a companhia utilizou as dependências da UFRJ (Federal do Rio).

Até 2019, a GE prevê investir US$ 80 milhões (R$ 204 milhões) em pesquisas e chegar a 400 especialistas no Brasil. Além dos EUA, há centros na China, na Índia, em Israel e na Alemanha.

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Teto inteligente

Quase oito em cada dez britânicos afirmaram que gostariam de ter uma casa inteligente, mas apenas um terço estão hoje dispostos a pagar pelas melhorias, segundo pesquisa da GfK.

Entre cerca de mil entrevistados, 76% disseram que desejam sistemas tecnológicos para controles domésticos, como aquecimento, segurança e entretenimento.

A parcela que gastaria para instalar esses recursos, no entanto, ficou em 35%.

Editoria de Arte/Folhapress

O interesse pelos produtos é maior por parte dos jovens: chega a 90% entre os consultados de 18 a 24 anos.

O público nessa faixa etária, porém, é o que reúne menos pessoas com casas próprias no país. Por causa do custo elevado de equipamentos e de instalação, a conversão de residências alugadas em imóveis inteligentes pode se tornar inviável.

Esse cenário poderá causar um impacto negativo na velocidade de disseminação de novas tecnologias domésticas, segundo a consultoria.

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Ímã... O IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e a CBMM (de mineração) assinam nesta terça (11) acordo de R$ 9,5 milhões para pesquisar terras-raras em Araxá (MG).

...para eólica O objetivo é criar tecnologia para explorar uma matéria-prima usada em superímãs de geradores eólicos.

Banca O advogado Pablo Meira Queiroz é o novo sócio da área de negócios imobiliários do escritório TozziniFreire, em São Paulo. O setor é responsável por assessorar a montagem e a comercialização de empreendimentos.

com LUCIANA DYNIEWICZ, LEANDRO MARTINS, ISADORA SPADONI e DHIEGO MAIA


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