Folha de S. Paulo


Projeto de formação da L'Oréal criado no Brasil será exportado

O modelo do instituto de formação de profissionais para o setor de beleza da L'Oréal, criado no Brasil em 2010, começará a ser exportado neste ano. Devem ser abertas unidades em Dubai, África do Sul, Panamá e Chile.

O Instituto L'Oréal Professionnel surgiu no Rio de Janeiro para desenvolver o setor estético do país.

"Capacitar bons profissionais amplia o mercado. Os alunos que concluem o curso abrem seus próprios negócios e se tornam parceiros [da marca]", diz Richard Klevenhusen, principal executivo do instituto.

Profissionais de sete países já estiveram no centro do Rio de Janeiro para conhecer o modelo de negócio.

A companhia vai replicar esse projeto no mundo -e no Brasil- por meio de franquias. Além das unidades internacionais, estão previstas outras oito para o país ainda neste ano.

As três primeiras -em Curitiba, Belo Horizonte e São Paulo (no Butantã)- serão abertas no primeiro semestre. Uma unidade em Belém ficará para o segundo semestre. As outras cidades que receberão o instituto ainda não foram definidas.

"Estamos buscando outras capitais. Já vimos Brasília, e Porto Alegre. Também estudamos Campinas (SP). O que determina a instalação é a identificação de um bom ponto comercial".

Até o final de 2014, a companhia pretende ter 16 unidades no país e formar mil profissionais anualmente -hoje são 500 por ano.

Luciana Whitaker/Folhapress
Richard klevenhusen, diretor do instituto L'Oréal
Richard klevenhusen, diretor do instituto L'Oréal

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Treinamento estético

A rede paranaense de salões de beleza Lady&Lord, que tem também franquias em Santa Catarina e no Tocantins, vai entrar na região Sudeste com um centro de formação de profissionais na cidade de São Paulo.

A unidade terá salão-escola e loja de produtos para profissionais e será inaugurada até o início do segundo semestre. Ela será instalada na região de Pinheiros.

A companhia tem hoje um centro semelhante em Curitiba, onde capacita cerca de 500 profissionais por mês.

"Muitos deles são absorvidos na própria rede, enquanto outros acabam montando seus salões nos bairros", afirma o presidente da empresa, Kyrlei Boff.

A rede planeja a abertura de mais dez salões no país --hoje são 13.

O interior do Estado de São Paulo deve receber algumas das novas unidades.

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Venda conectada

Editoria de arte/Folhapress

Mesmo com 70 milhões de internautas, 20 milhões a mais que o Reino Unido, o Brasil fatura menos de 10% do que ganham os europeus com o comércio varejista eletrônico: R$ 22,5 bilhões contra R$ 234 bilhões.

Os dados são da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico, que organiza a visita ao país de David Best, gerente geral do IMRG, equivalente à Câmara Britânica de Comércio Eletrônico.

Segundo Best, que participa de encontros com empresários do setor, o varejo on-line não deve ser encarado pelas empresas como concorrente do comércio tradicional.

"Hoje as marcas separam as divisões de comércio online das áreas tradicionais de venda e elas acabam competindo entre si. Isso é um grande erro", diz.

O britânico afirma que as companhias de e-commerce devem ensinar e ajudar os consumidores a comprar na rede. "Ao adquirir um sapato, você não tem oportunidade de experimentá-lo. Ajudando as pessoas a comprar na internet a confiança na marca aumenta."

Avener Prado/Folhapress
David Best, diretor geral da Câmara Britânica de Comércio Eletrônico
David Best, diretor-geral da IMRG

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Sem ânimo

O comércio varejista não cresceu no início de 2013, de acordo com levantamento da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).

Não houve nenhuma variação nas vendas de janeiro deste ano ante dezembro de 2012.

Entre todos os setores analisados, o único que apresentou variação negativa nesse período foi o de móveis e eletrodomésticos, com uma retração de 2,2%.

A maior elevação ficou com o setor de combustíveis e lubrificantes, alta de 1,9%. Nos últimos 12 meses, o seguimento cresceu 7,1%.

Supermercados, alimentos e bebidas, foram responsáveis pela maior alta acumulada, 9,2%.

No total dos últimos 12 meses, o varejo registrou avanço de 7 % nas vendas.

Na comparação de janeiro de 2013 com o mesmo período ano anterior, a elevação foi de 5,8%.

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Peça... A Lego, fabricante de brinquedos, cresceu 50% no Brasil em 2012. Em 2011, as vendas da marca haviam registrado alta de 22% no país. A região Nordeste foi a que teve a expansão mais expressiva (121%).

...certa A região Sul foi a que teve menor aumento (37%). O diretor da empresa no Brasil, Robério Esteves, atribuiu o desempenho aos lançamentos de novos produtos e ao amadurecimento da marca, entre outros fatores.

Cooperativa... As cooperativas de crédito do Estado de São Paulo registraram aumento de 48% nas operações de crédito entre 2010 e 2012, segundo levantamento do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo.

...segura A taxa de inadimplência dessas empresas registrou média de 2,7% no período de janeiro a setembro do ano passado. O número fica bem abaixo dos bancos tradicionais que apresentaram 7,9% de inadimplência.

com JOANA CUNHA, LUCIANA DYNIEWICZ e RONALDO PASCHOALINO


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