Folha de S. Paulo


Com Palmeiras e Santos na cola, o líder Corinthians precisa ganhar

Rubens Cavallari/Folhapress
SAO PAULO, SP, BRASIL. 21-09-2016. 22h07min14s. Corinthians e Fluminense pela 2ª partida das oitavas de final da Copa do Brasil 2016 na Arena Corinthians. O tecnico Fabio Carille. (foto: Rubens Cavallari/Folhapress, VENCER, **** EDICAO NORMAL****). ***EXCLUSIVO AGORA***EMBARGADA PARA VEICULOS ON LINE***UOL E FOLHA.COM E FOLHAPRESS CONSULTAR FOTOGRAFIA DO AGORA SÃO PAULO***f: 3224-2169, 3224-3342. *filename:F76U3547.JPG* (TRAX NUMBER: 10065517A) ORG XMIT: F76U3547.JPG
O técnico Fabio Carille observa partida do Corinthians contra o Fluminense, em Itaquera

A rodada foi como o Brasileiro precisava: tanto o Palmeiras quanto o Santos venceram e estão a apenas seis pontos do líder Corinthians, que joga nesta noite, no Estádio Nilton Santos, contra o Botafogo.

O Palmeiras desde que Cuca foi embora passou a jogar com a bola no chão e de pé em pé.

Resultado: três vitórias seguidas. Tudo bem que contra dois times na zona da degola, os campineiros da Ponte Preta (2 a 0) e os goianos do Atlético (3 a 1), além dos reservas do Grêmio (3 a 1). Mas sempre por dois gols de diferença, oito gols marcados e jogando bem.

O Santos, sem agradar, enfim venceu, verdade que na Vila Belmiro e contra o fraco Atlético-GO (1 a 0).

Ao menos, justificou o movimento dos jogadores para manter Levir Culpi, que ia sendo mais uma vítima da estupidez da cartolagem nacional.

Resta agora ao Corinthians administrar a pressão e jogar futebol contra o Botafogo. É claro que se empatar e mantiver sete pontos de vantagem não será mau resultado, mas está mais do que na hora de retomar a autoridade de quem quer ser um verdadeiro campeão e não apenas terminar o campeonato na frente, diferença sutil que o torcedor conhece, embora comemore igual.

Será divertido ver o jogo isolado desta noite, com o país inteiro torcendo pelo Botafogo, com exceção exatamente das duas maiores torcidas do país.

A corintiana por motivos óbvios e a do Flamengo que perderá o sexto lugar para o Botafogo caso o Glorioso vença.

SANGUE TRICOLOR

Sobrou ao São Paulo o que faltou ao Flamengo no Pacaembu com quase 33 mil torcedores: sangue.

É verdade que Lucas Pratto imitou Jô ao fazer um gol com o braço e apontar o peito.

Mas também é verdade que só um time quis vencer e, se ainda preocupa a irregularidade tricolor, surpreende a anemia rubro-negra, capaz de perder de 2 a 0 como se fosse a coisa mais normal do mundo.

ESPERANÇA RENOVADA

É sabido que desde a eliminação da seleção alemã na Eurocopa de 2000 os germânicos iniciaram uma verdadeira revolução em seu futebol a partir da base e não demoraram para colher os frutos.

Pois a seleção brasileira sub-17 eliminou a rival na Copa do Mundo da categoria que está sendo disputada na Índia, de virada, por 2 a 1 e poderia até ter goleado, tantas foram as chances desperdiçadas.

Trata-se de bom sinal.

Ganhar torneios desse tipo é o que menos importa e nada impede que o time venha a ser eliminado pela Inglaterra na semifinal.

Importa indicar caminhos, revelar futuro. E a exibição brasileira mostrou motivos para ter esperanças.

Na primeira fase, a seleção já havia vencido, também de virada, a Espanha, também por 2 a 1.

Prova de força psicológica repetida diante dos alemães, pois o time jogava melhor nos primeiros 20 minutos, havia mandado bola na trave e, fruto de uma pixotada (com o perdão da redundância), fez pênalti que valeu a abertura do placar.

Sentiu o baque, se recuperou e esmagou os adversários durante todo o segundo tempo, além de revelar surpreendente maturidade ao suportar a pressão final, quando a arbitragem exagerou ao dar oito minutos de acréscimos.

Há luz no fim do túnel.


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