Folha de S. Paulo


Tiranossauro contrabandeado voltará para casa na Mongólia

Após meses de disputa, o leilão de um fóssil de tiranossauro, arrematado por mais de US$ 1 milhão, foi invalidado. O vendedor do artigo, um negociador de fósseis da Flórida, declarou-se culpado das acusações de contrabando e desistiu da peça, que voltará a seu país, a Mongólia.

Além do esqueleto de 70 milhões de anos do Tyrannosaurus bataar, conhecido como Ty, Eric Prokopi, 38, concordou em abrir mão de outros seis dinossauros, além de vários outros ossos.

O acordo com a Justiça americana é uma tentativa de evitar que ele seja sentenciado à prisão, com uma pena que pode chegar a 17 anos de reclusão.

As autoridades acusam Prokopi de comprar os fósseis ilegalmente na Ásia e transportá-los "disfarçados" --aos poucos e divididos em ossos, e com documentação irregular-- para os EUA.

Entre os fósseis em poder de Prokopi há outros itens muito valiosos, incluindo um outro tiranossauro e um réptil voador chinês.

O vendedor declarou que instruía negociadores na China a descreverem de maneira vaga, às vezes até mentirosa, a origem e o tipo dos fósseis, que entravam nos EUA como se valessem pouco.

A volta do esqueleto à Mongólia é considerada uma vitória pelos governos que tentam combater o contrabando de seus fósseis. A China, em especial, tem dado bastante atenção ao tema.

O Brasil também é alvo desse tipo de tráfico, mas ainda não conseguiu repatriar nenhum fóssil.


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