Folha de S. Paulo


'É óbvio que existe perda salarial', afirma leitor sobre terceirização

TERCEIRIZAÇÃO

Se o empregado direto que passa a ser terceirizado tem perda salarial média de 2,3% e quem faz o inverso ganha 4,7%, é óbvio que existe perda salarial. O título da reportagem não condiz com o achado da pesquisa.

JOSÉ M. THALENBERG (São Paulo, SP)

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A reportagem beira a desonestidade. Inúmeras investigações científicas indicam que a terceirização reduz direitos e avilta as relações de trabalho, visando obsessivamente à redução de custos. Progressivamente, retira o Estado da relação entre capital e trabalho, conquista civilizatória. É a Folha ouvindo apenas os que expressam a posição da plutocracia brasileira, quando o que vemos no Brasil é o retorno do mundo do trabalho ao século 19.

CLARILTON RIBAS (Florianópolis, SC)

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É um acinte e uma vergonha professores da USP afirmarem que na terceirização do trabalho não ocorrem perdas para os terceirizados. Eles próprios fazem os cálculos tendenciosos e constatam as perdas, mas afirmam o contrário. Acho que estão terceirizando interesses.

ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP)

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LULA NO NORDESTE

Pelas fantasias usadas pelo ex-presidente Lula no seu giro pela região nordestina, parece que ele confunde eleição para presidente da República com concurso de fantasias carnavalescas. Em qual teria mais chance?

ABDIAS FERREIRA FILHO (São Paulo, SP)

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COREIA DO NORTE

Para saber que país ou líder acha que vai tirar proveito de uma guerra entre Coreia do Norte e EUA basta observar qual dos atores principais está fazendo "corpo mole" diante da iminência dessa catástrofe, que certamente abalaria a ordem mundial. Desconfio que haja mais segredos na dissimulada luta pela hegemonia mundial e na arrogância norte-coreana do que podem enxergar os especialistas de plantão.

THYRSO DE C. JÚNIOR (Pereira Barreto, SP)

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A guerra ao terror destruiu o Iraque e jogou a Líbia e a Síria em conflitos terríveis, com inúmeras perdas humanas. É preciso e necessário o uso da diplomacia, não de bravatas.

GERALDELI DA COSTA ROFINO (Juiz de Fora, MG)

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EDUCAÇÃO

Ao ler o editorial "Meta ameaçada", quase me dei por satisfeito. O que me sobressaltou foi o penúltimo parágrafo, no qual se trai a pluralidade informativa da Folha. Ao apontar as causas da baixa atual do acesso de jovens à universidade, o texto expõe, corretamente, a "liberalidade populista" do Fies no governo anterior, mas deixa de citar o corte no orçamento de diversas áreas no início do governo atual, como na educação e na ciência e tecnologia. Isso pesou para ceifar a oportunidade de milhares de jovens de chegar ao ensino superior.

JONAS NILSON DA MATTA (São Paulo, SP)

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MINHOCÃO

Os parques –Ibirapuera, Água Branca, Luz, Carmo e outros– têm horários para abrir e para fechar. Por que no que chamam "parque" Minhocão seria diferente? A prefeitura está certíssima em colocar portões no elevado para acabar com o uso desordenado e até perigoso no monstrengo.

MARLENE KLAIOM DA SILVEIRA (São Paulo, SP)

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MINISTÉRIO PÚBLICO

Em menos de uma semana, duas condutas equivocadas ganharam destaque: a mal redigida sentença do juiz que não viu constrangimento no ato libidinoso e público de um homem contra uma mulher e a alteração dos salários feita pelo procurador-geral do Ministério Público de São Paulo. Até quando vamos tolerar tantas falhas e arbitrariedades, que só colaboram para ampliar o descrédito da Justiça aos olhos do povo?

ALFREDO STERNHEIM (São Paulo, SP)

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Diferentemente do que diz a reportagem "Decreto muda salários na Promotoria de SP", o procurador-geral não editou decreto, competência exclusiva do chefe do Executivo. A lei 1302/17 não mudou o regime salarial de promotores. Previu reenquadramento, por tempo de serviço, das carreiras de servidores, e realinhamento, baseada nas revisões salariais ocorridas desde 2010, quando entrou em vigor a lei ora revogada. O MP-SP deu cumprimento à lei, mantendo a proporcionalidade de vencimentos dos cargos.

PAULO S. DE OLIVEIRA E COSTA, subprocurador-geral de Justiça de Planejamento (São Paulo, SP)

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NOTA DA REDAÇÃO - Leia abaixo a seção "Erramos".

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COLUNISTAS

Eu vesti a carapuça do que Luiz Felipe Pondé chama de "idiotas do bem". É claro que proibir propaganda de bebidas alcoólicas é uma obrigação de quem paga a conta da cirrose, dos transplantes de fígado, dos acidentes provocados pelo alcoolismo, das famílias desagregadas. Desculpe-me, Pondé, mas eu, como médico, acho que o idiota é você.

JOSÉ DE CASTRO COIMBRA, médico (São José dos Campos, SP)

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Pondé, se todas essas proibições o incomodam, continue dirigindo sem usar o cinto de segurança —que chatice, alguém decidiu que temos que nos "amarrar" no assento do carro—, porém faça isso quando estiver sozinho.

MARINA GUTIERREZ (Sertãozinho, SP)

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ÉTICA NA SAÚDE

Importante trazermos ao debate ponderações sobre a reportagem "Laboratório fecha posto em clínica para evitar venda casada com médico". Temeroso tratar qualquer relação comercial como antiética. E o paciente? A ideia do posto em clínica objetiva proporcionar comodidade e rapidez. Se houver excessos, eles deverão ser exemplarmente punidos. Será que também não é antiético que, para reduzir custos, haja pressão por menos exames e, com isso, o diagnóstico seja prejudicado?

LUIZ FERNANDO FERRARI, vice-presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)


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