Folha de S. Paulo


Os colombianos têm sido adversários duros e nem sempre leais

Os colombianos têm sido adversários duros e nem sempre leais quando enfrentam a seleção brasileira.

Nesta terça-feira (5) não deve ser diferente porque bobearam em seu último jogo ao só empatar contra a eliminada Venezuela e agora correm o risco de uma combinação de resultados não apenas tirá-la do segundo lugar como despencá-la para a sexta posição.

Bastará que perca para o Brasil e que Uruguai, Chile e Argentina ganhem, respectivamente, de Paraguai, Bolívia e Venezuela, embora só os argentinos joguem em casa.

Neymar certamente será provocado depois que Zúñiga o tirou da Copa no Brasil e irritá-lo deu certo para que o eliminassem também da Copa América-2015.

Desta vez, ao menos, ele terá o refresco da ausência do algoz nas quartas de final no Castelão, em Fortaleza.

Nesta terça, em Barranquilla, a seleção jogará sua antepenúltima partida oficial antes da Copa na Rússia e como as duas próximas serão contra a Bolívia, fora, e Chile, em São Paulo, se algum risco há da perda de invencibilidade em jogos a valer este está posto agora.

Em casa os colombianos só perderam para a Argentina, por 1 a 0, bateram no Peru, Equador, Venezuela e Bolívia e empataram com o Uruguai e Chile.

O técnico argentino José Pekerman não pôde contar com James Rodríguez, machucado, no recente 0 a 0 contra a Venezuela, e deixou o palmeirense Borja no banco ao apostar no veterano Falcao Garcia, que não foi bem.

É possível que Rodríguez vá para o jogo e será necessário que Neymar se controle, até porque uma expulsão nesta fase final das eliminatórias pode custar a suspensão em jogos da Copa do Mundo.

Mesmo na casa do adversário, o favoritismo é brasileiro, em excelente oportunidade para Thiago Silva recuperar a confiança da torcida nacional e para Filipe Luís compensar com seu poder de marcação a ausência ofensiva de Marcelo.

Lembremos, contudo, que nas nove vitórias do time de Tite nas eliminatórias, apenas contra a Colômbia, e em Manaus, o resultado foi apertado, só um gol de diferença (2 a 1).

Enfim, se também a invencibilidade oficial for para o espaço não será grave, como não foi a derrota no amistoso para a Argentina.

Repita-se que o jogo mais aguardado antes da Copa será mesmo o contra a Alemanha, dia 27 de março, em Berlim.

GRÊMIO ALERTA

O Tricolor gaúcho chegou aos 40 gols em 22 jogos com o 5 a 0 que impôs ao Sport, no sábado (2)

O saldo do Corinthians ainda é maior (22 a 21), mas a demonstração de força dada pelos gremistas, sem Geromel (o Balbuena deles), Luan (o Jadson melhorado dos gaúchos) e Barrios (o Jô), deve servir como alerta para o líder, com sete pontos de vantagem que podem se transformar em quatro antes que o time alvinegro paulistano enfrente o santista, na Vila Belmiro, no próximo domingo (10), porque o Grêmio pegará o Vasco, em São Januário ainda com portões fechados, no sábado (9).

Verdade que quatro dias depois o time terá o Botafogo, no estádio Nilton Santos, pelas quartas de final da Libertadores, e se Renato Portaluppi mantiver a política de preservar os titulares é possível que não consiga botar tanta pressão no primeiro colocado.


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