Folha de S. Paulo


Doria terá que manter velocidade reduzida, diz jornalista

"O prefeito eleito não vai querer ter nas mãos o sangue de gente que morreu por causa da maior velocidade", afirmou o colunista da Folha, Leão Serva, sobre a promessa de João Doria (PSDB) de elevar o limite máximo nas marginais dos rios Pinheiros e Tietê.

Para o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - SP, Marcos da Costa, o poder público, no entanto, não pode se acomodar com o controle da velocidade e deixar de cuidar do asfalto e da sinalização. Costa também criticou os radares escondidos, um dos fatores que elevaram o número de multas aplicadas na cidade.

O aumento da velocidade é uma das promessas de campanha do prefeito eleito João Doria (PSDB), afilhado político de Alckmin.

"As mortes caíram graças a Deus em todo o Estado de São Paulo. A marginal é uma via expressa, ela não tem semáforo, não é uma via de bairro, então é natural que ela tenha uma velocidade maior", disse Alckmin. "Essa decisão deve ter um embasamento técnico, como é uma via do município, não conheço o trabalho que foi feito para chegar a alguma conclusão".

Um ano após a implantação da redução de velocidade nas marginais Tietê e Pinheiros, a soma de acidentes fatais nas vias caiu pela metade, segundo dados compilados pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego, ligada à prefeitura) e obtidos pela Folha.

De julho de 2014 a junho de 2015, foram 64 acidentes com mortes, contra 31 ocorrências do tipo nos 12 meses seguintes, até junho de 2016. Com isso, a queda foi de 52%.


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