O fim do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e a posse de Michel Temer não garantem a melhora da economia no médio e longo prazos.
De acordo com os dados do PIB divulgados nesta quarta (31) a economia brasileira está apenas "despiorando", na opinião do colunista da Folha Vinicius Torres Freire. Segundo ele, será fundamental Temer conseguir aprovar no Congresso a limitação do aumento dos gastos públicos e a reforma da Previdência para atrair que a uma confiança maior na economia seja retomada.
O diretor da sucursal de Brasília, Leandro Colon, comenta a votação da manutenção dos direito de Dilma. A inclusão do assunto na votação causou um ruído dentro do PSDB. O partido foi pego de surpresa com a articulação feita por Renan Calheiros.
"É um ruído pequeno, mas pode refletir em grandes votações", afirma o jornalista.
A repórter especial Érica Fraga também comenta a reação do PSDB. Para que pautas econômicas sejam aprovadas, Temer precisa do apoio do partido. "Sem aprovar essas reformas, a melhora da economia pode voltar a estagnar", diz.
Votaram pela perda do mandato de Dilma 61 senadores, enquanto 20 senadores se posicionaram a favor da presidente afastada.
Apesar disso, apenas 42 senadores votaram pela perda dos direitos políticos da petista. Os votos contrários foram 36, somados a três abstenções. Portanto, 16 senadores que votaram pelo impeachment de Dilma decidiram por manter seus direitos políticos e três preferiram não votar.