Folha de S. Paulo


No Senado, aliados de Dilma querem ganhar tempo, dizem jornalistas

O Senado retomou nesta sexta-feira (26) o julgamento de Dilma Rousseff no processo de impeachment após mais de 15 horas de sessão no dia anterior.

Desde então, a estratégia principal dos aliados da presidente afastada "é ganhar tempo". É o que diz a repórter da sucursal da Folha em Brasília Daniela Lima, que participou de transmissão ao vivo da "TV Folha". A mesa foi mediada pela repórter especial Ana Estela de Sousa Pinto. Também fizeram parte do programa (veja vídeo acima) a repórter Mariana Haubert, também da sucursal, e o colunista Alexandre Schwartsman.

"[Aliados de Dilma] estão procrastinando ao máximo o processo. Todas as testemunhas estão sendo questionadasà exaustão. Fazem um debate mais político, diz Daniela.

O julgamento final acontece nove meses após o ex-presidente da Câmara e hoje deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ter acolhido o pedido de afastamento da petista.

Dilma está afastada do cargo há quase quatro meses, desde que o Senado aceitou o processo e Michel Temer assumiu interinamente a Presidência. Ele diz já ter os 54 votos mínimos necessários para ser confirmado no cargo.

No programa, Schwartsman aponta o que a possível saída da presidente deve gerar na economia do país.

Já Mariana comenta o bate-boca do presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), considerada uma das maiores defensoras da presidente afastada, ocorrido nesta sexta.

Sob pressão do Palácio do Planalto para votar a favor do afastamento da petista, o peemedebista vinha mantendo postura de neutralidade.

"Alguns interpretaram isso como um sinal de que ele vai se manifestar a favor do impeachment na votação final. Seria a senha de que ele estaria rompendo com a presidente afastada", comenta Mariana.


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