Folha de S. Paulo


Votação britânica reforça crise de representatividade mundial; veja debate

Os britânicos tomaram nesta quinta (23) a decisão histórica de se separarem da União Europeia, o bloco político e econômico que hoje congrega 28 países e ao qual aderiram em 1973.

A opção por deixar a União Europeia venceu por 51,9% a 48,1%, abalando mercados financeiros e provocando uma onda de choque e incredulidade global.

O resultado apertado aponta para uma crise de representatividade mundial, como ocorreu em eleições recentes na Europa e na América Latina, lembra a repórter especial Sylvia Colombo, ex-correspondente em Londres no ano de 1999.

"A classe média votou para proteger seu emprego", afirma a jornalista.

O repórter especial Leandro Colon, correspondente em Londres entre 2013 e 2015, destaca que os mais velhos decidiram pelo futuro dos mais novos.

"Os mais jovens acreditam que a Europa é um campo vasto para procurar emprego e o livre-trânsito permite mais oportunidades de trabalho, já os mais velhos não se preocupam com isso", disse.

O professor de Relações Internacionais José Maria de Souza Jr, das Faculdades Integradas Rio Branco, apontou a imigração de refugiados como um dos principais pesos na balança que decidiu pela separação. "Vale ressaltar que Inglaterra sempre foi mais isolada da Europa", apontou o cientista político.


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