O colunista Contardo Calligaris e Nelson Marconi, professor da FGV-SP, comentaram os reflexos da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff na sociedade e na economia.
Também participa da mesa Raul Juste Lores, repórter especial da Folha, e a editora do Painel, Natuza Nery, trouxe informações direto do salão verde da Câmara. A entrevista foi comandada pelo repórter especial Fernando Canzian.
Calligaris disse que não lhe parece um sinal de fraqueza institucional o fato de o Brasil estar passando pelo segundo processo de impeachment em 24 anos.
"Pelo contrário", afirmou. Para Calligaris, isso pode significar amadurecimento das instituições. "O que é um pouco deprimente é esse processo de impeachment, a forma como está sendo conduzido."
Segundo Raul Juste Lores, "parece que ninguém capitalizou os sentimentos das ruas de 2013. Nenhuma força política conseguiu pegar esse espólio. Nem Aécio, nem Marina, nem Alckmin".