Os estudos científicos e o uso da tecnologia no treinamento esportivo tem crescido no Brasil, mas ainda falta um sistema estruturado para a detecção de talentos. E isso atravanca o desenvolvimento do esporte nacional.
Essa é a avaliação de Irineu Loturco, diretor-técnico do NAR (Núcleo de Alto Rendimento Esportivo), que realiza análises e treinamentos de esportistas.
"Ainda falta no Brasil esse modelo de massificação", afirmou.
Um dos exemplos citados por ele foi o atletismo, que não tem conseguido obter grandes volumes de resultados em nível internacional.
Loturco também explicou que o treinamento de alto rendimento é completamente diferente do que se faz em academias, por exemplo.
"Em primeiro lugar, o atleta olímpico é uma pessoa diferenciada. O que a ciência mostra hoje me dia é um investimento maior na intensidade do que na quantidade."
O doutor em alto rendimento esportivo foi entrevistado pela colunista Mariana Lajolo e pelo repórter de "Esporte" Paulo Roberto Conde.