Folha de S. Paulo


Festa discreta e popularidade em alta marcam recorde de Elizabeth 2ª

Em tempos de austeridade fiscal do governo, a família real britânica tenta demonstrar sintonia com o aperto no bolso dos súditos.

Com um breve discurso na inauguração de uma linha de trem na Escócia e um jantar com membros da família, a rainha Elizabeth 2ª, 89, viveu nesta quarta-feira (9) um dia histórico para a monarquia britânica. Ela se tornou a monarca com mais tempo de trono: 63 anos e 217 dias, superando a tataravó Vitória (1819-1901).

Essa discrição da rainha é tema do comentário de Leandro Colon, correspondente da Folha em Londres, durante transmissão ao vivo da "TV Folha" nesta quarta. Participaram do programa a editora de "Mundo", Luciana Coelho, além de Rodrigo Vizeu, editor-assistente de "Poder" e entusiasta de famílias reais.

Segundo o correspondente, ao contrário do jubileu de diamante, em 2012, não foi realizada uma celebração oficial pelo recorde. "Em termos de festa, foi menor que a de 2012. A rainha optou por uma celebração mais discreta, mas os súditos fizeram a festa deles", diz o jornalista.

Já Vizeu destaca, no vídeo acima, a alta popularidade do regime britânico. Segundo ele, é "um fenômeno em comparação com outras monarquias europeias".

"Talvez o grande ponto do reinado de Elizabeth 2ª é o fato de ela ter reinado em um período de muitas mudanças e, ainda assim, conseguir manter um regime engessado muito popular, com alguma flexibilidade, mas mantendo tradições do regime monárquico", afirma Vizeu, que cita como exemplo sua aproximação com a Igreja Católica ao receber o papa João Paulo 2º, nos anos 1980.

Elizabeth 2ª assumiu em 6 de fevereiro de 1952, após a morte do pai George 6º, mas recebeu a coroa em 2 junho do ano seguinte.

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