"O Reino Unido não vai deixar a União Europeia". Deixou. "A população colombiana vai votar a favor do acordo com as Farc". Votou contra. Hillary Clinton será eleita nos EUA. Donald Trump venceu. Tais fatos corroboram para a afirmação de que 2016 foi, sim, um ano cheio de surpresas e de pesquisas que não acertaram.
As reviravoltas começaram em 23 de junho, com o plebiscito de resultado apertado em que britânicos tomaram decisão histórica de se desvincular da União Europeia, bloco ao qual adeririam em 1973. O processo de saída deve levar dois anos.
Em 2 de outubro, o "não" se impôs ao "sim" na Colômbia e fez naufragar nas urnas o acordo de paz assinado entre o governo e as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), de maneira festiva e com a presença de vários chefes de Estado da América Latina dias atrás.
Os institutos de pesquisa davam vantagem ao "sim. Em novembro, porém, as duas partes firmaram um segundo acordo, desta vez validado em votação pelo Congresso. As negociações levaram o presidente Juan Manuel Santos a receber o Nobel da Paz.