Folha de S. Paulo


Na rota da destruição, rejeitos prolongam desastre de Mariana

Um ano após a tragédia de Mariana, os rejeitos de minério continuam a impactar o dia a dia das regiões em volta das áreas atingidas pela ruptura.

Em Barra Longa, a 172 km de Belo Horizonte, até o tráfego é controlado pela Samarco, mineradora que pertence à Vale e à anglo-australiana BHP Billiton. Única cidade que teve a sede devastada pela lama, ela é considerada o "modelo" da reconstrução pós-desastre.

A intensa passagem de veículos pesados pela cidade chegou a desfazer o asfalto das ruas, que têm sido repavimentadas pela empresa. As novas calçadas da via que beira o rio do Carmo, destruída após a tragédia, são refeitas com blocos de rejeitos de minério.

A poeira que sobe na cidade causou aumento de problemas respiratórios e de pele, segundo a Secretaria de Saúde de Barra Longa. A Samarco monitora a qualidade do ar e diz que os valores estão abaixo do que prevê o Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente). No entanto, a doutora em patologia Evangelina Vormittag, da USP, que estuda o impacto na região e teve acesso aos dados, diz que os níveis estão acima do limite estabelecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde).

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