Folha de S. Paulo


Austrália proibirá escalada em monte considerado sagrado por aborígenes

A partir do dia 26 de outubro de 2019, estarão proibidas as escaladas no monólito Uluru, ou Ayers Rock, que fica na zona central da Austrália.

A rocha, composta de arenito, tem 348 metros de altura e é considerada a maior do mundo.

O lugar é considerado sagrado pelos membros da etnia Anangu, aborígenes proprietários do terreno.

As escaladas começaram nos anos 30, quando o terreno ainda pertencia ao governo australiano. Desde que tomaram posse, em 1985, os Anangu tentam proibir a prática.

A decisão para encerrar esse tipo de atividade foi tomada em conjunto com a diretoria do parque nacional Uluru-Kata Tjuta, em que se localiza o monólito.

"Se viajo a outro país e há um local sagrado, uma zona de acesso restrito, não entro e começo a escalar, respeito", disse o presidente da diretoria, Sammy Wilson, ao canal ABC.

O parque recebe, em média, 300 mil visitantes por ano, a uma taxa de AUD$ 25 (R$ 62,50).

A formação rochosa é famosa pelo seu tom vermelho. Porém, o Uluru também é conhecido pelas mortes causadas durante a escalada.

Ao menos 36 pessoas morreram no lugar, tendo como causa principal a temperatura, que chega aos 45ºC no verão.


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