Folha de S. Paulo


Conheça cinco meios de transporte únicos que viraram atração turística

Paul Mannix/Wikimedia Commons
Um casal desce a ladeira em um carro de cesto, empurrado por dois carreiros. O cesto é pequeno em largura, cabendo os dois adultos somente. Ele é maior na traseira, dando espaço para reclinarem as costas e os carreiros puxarem uma alça para controlarem o carro. A expressão deles é de diversão pelo passeio
Turistas em um carro de cesto, na Ilha da Madeira, Portugal

Dá para conhecer estações de metrô, portos e até aeroportos de arquitetura impressionante pelo mundo. Porém, alguns meios de transporte são únicos, e andar neles pode ser uma experiência bastante divertida para a sua viagem. Conheça cinco opções a seguir.

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Carros de cesto, Portugal

Os carros surgiram no século 19 e, tradicionalmente, eram usados para transportar moradores do bairro do Monte até o centro do Funchal, na Ilha da Madeira.

Uma descida de cerca de dois quilômetros é percorrida dentro de um cesto, que é empurrado por dois condutores –os carreiros. Toda a velocidade é controlada pelos braços e pernas deles, podendo alcançar os 80 km/h.

Os carros são produzidos artesanalmente com vime e madeira, e não possuem freio. Os sapatos dos carreiros são adaptados para isso, com uma sola de borracha.

O trajeto continua o mesmo até hoje. Por isso, vale a pena encarar o teleférico até a parte alta da cidade e descer nos cestos.

O passeio, que dura dez minutos, custa 30 euros (R$ 112) para duas pessoas.

Carros de cesto, Portugal

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Balsas de totora, Peru

Estes barcos são feitos de totora, uma espécie de junco típica da região do lago Titicaca, que fica na fronteira entre o Peru e a Bolívia.

Especula-se que a tradição tenha cerca de três mil anos, aparecendo também no litoral norte do Peru. Os locais trançam as folhas à mão, produzindo barcos que podem levar uma só pessoa, como uma canoa, ou maiores, como as balsas. A durabilidade média de cada barco varia de 15 dias a um mês.

O uso da planta vai além disso: as ilhas artificiais do povoado dos uros, que vivem no meio do lago, são feitas do mesmo material.

Um passeio no barco, por pessoa, gira em torno dos US$ 15 (R$ 47).

Balsa de totora, Peru

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Cyclo, Vietnã

O triciclo é a maneira mais prática de se locomover nas regiões urbanas do Vietnã –aqui, o condutor leva um dois passageiros em um banco à sua frente, por vezes levemente deitados.

O veículo chegou ao Vietnã por meio dos franceses, mas logo se tornou o meio de transporte mais de popular por lá. Porém, com a chegada das motocicletas, tornou-se mais uma atração turística do que um transporte do dia a dia.

Pode ser um passeio bem radical para os passageiros, que são levados em um banco sem cinto de segurança e no trânsito caótico da cidade.

Os motoristas trabalham como guias turísticos, incorporando aos trajetos alguns dos lugares mais populares da região. Um passeio de uma hora custa, em média e por pessoa, em torno de US$ 10 (R$ 32).

Cyclo, Vietnã

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Feluca, Egito

Os barcos, típicos de cidades à margem do rio Nilo, no Egito, são feitos de madeira e têm o corpo bastante alongado. Geralmente, não são impulsionados por um motor, e sim apenas por suas velas.

Eles acomodam de 8 a 12 pessoas em média, além da tripulação.

Uma opção aventureira é fazer um "cruzeiro" pelo Nilo e dormir no barco por algumas noites. Não é das estadias mais confortáveis, já que o barco não tem cobertura e o banheiro se reduz a um buraco em um dos cantos.

Mas, se essa não é a sua praia, uma saída para ter um gostinho da experiência pode ser um passeio de duas horas pelo rio, que sai numa média de US$ 20 (R$ 63).

Feluca, Egito

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Trenó, Finlândia

Na Lapônia, área que ocupa Finlândia, Noruega e Suécia e é conhecida como a terra do Papai Noel, o número de renas é quase igual ao de habitantes –cerca de 100 mil de cada lado.

Os trenós puxados por renas ou lobos são os mais comuns, e o seu uso data da época em que os vikings ainda ocupavam a região, por volta dos séculos 8 e 11.

A estrutura é feita de madeira e pode ter um só trenó acoplado aos animais ou uma fileira, para um passeio mais emocionante. Para proteger os passageiros do frio, os bancos são forrados com uma manta feita com a própria pele do animal.

Uma volta de 400 metros pelas redondezas da vila do Papai Noel sai, em média, por 18 euros (R$ 68) para cada adulto.

Trenó, Finlândia


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