Folha de S. Paulo


Ilhas do sul da Croácia têm cavernas, cidades históricas e bons restaurantes

A Croácia vem se tornando um destino cada vez mais conhecido e procurado e, a julgar pelo que o sul do país europeu tem a oferecer aos visitantes, a fama é merecida.

Espremida entre a Bósnia e Herzegovina e o mar Adriático, essa região tem um território estreito. Por isso mesmo, o mar e o arquipélago que margeia a costa do país estão sempre por perto.

Algumas das mais belas ilhas da Croácia estão na parte sul. A melhor forma de explorá-las é navegando em um barco próprio. Também é possível alugar uma cabine em um barco maior ou usar a linha de balsas Jadrolinija para circular entre os principais portos da região e, a partir deles, conhecer praias e ilhas.

O que primeiro chama a atenção dos turistas são, claro, as paisagens espetaculares, principalmente o mar com vários tons de azul e a água absolutamente cristalina das praias rochosas.

Ao mesmo tempo, ainda que a Croácia seja um país muito recente –existe desde 1991, quando decidiu se separar da Iugoslávia–, é uma nação com um passado extremamente rico.

Suas principais cidades remontam à era medieval, como é o caso de Dubrovnik. Seu centro histórico é formado por ruas de pedra cercadas por uma imensa muralha. Esse conjunto arquitetônico é considerado patrimônio da humanidade pela Unesco e serve de cenário para a série de televisão "Game of Thrones".

GUERRA E PAZ

Mas a Croácia também tem uma história mais recente e dura para contar. As marcas deixadas pela guerra de independência, que terminou em 1995, ainda estão visíveis em Dubrovnik, onde trechos atingidos por bombas nunca foram reerguidos.

Também permanecem preservados os antigos bunkers, construídos no topo da montanha da cidade para conter os ataques vindos do território bósnio, que começa onde o horizonte termina.

A melhor forma de chegar até o topo da montanha, onde há um mirante e um restaurante com vista para o centro histórico, é usando um bondinho. No fim da tarde há fila, já que muitas pessoas sobem lá para curtir o melhor pôr do sol da cidade.

O passado recente de conflito também fica evidente em Vis, uma ex-base militar que permaneceu fechada para visitantes até 1989. Talvez por isso a tranquilidade ainda impere em sua principal cidade, Vis Town. Com vielas estreitas, é um lugar ideal para quem busca descanso.

Vis é um bom ponto de partida para visitar a "blue cave" (caverna azul, em inglês) na ilha de Bisevo. Foi batizada assim por conta dos raios de sol que são refletidos pela areia no fundo do mar e iluminam de azul o lugar. É um dos pontos mais visitados da área, junto com a "green cave" (caverna verde, em inglês), no lado sul de Vis.

Próxima dali, a gruta Monk Seal é mais vazia. Ainda assim, é bastante procurada por mergulhadores, que exploram seus 160 metros de comprimento. Nadando pela superfície é possível conhecer os primeiros 50 metros; a partir daí, o local fica escuro para quem não tem lanterna.

FESTA NA ILHA

Não muito longe da tranquilidade de Vis fica a agitada Hvar, uma das maiores ilhas do país. Durante o dia, os "beach clubs" da cidade são disputados. É melhor chegar cedo para garantir uma das espreguiçadeiras montadas sobre as pedras. À noite, é a vez dos bares ficarem cheios, até começarem as festas em ilhas próximas.

Split é a principal cidade do sul da Croácia e a segunda maior do país, atrás da capital, Zagreb. Localizada entre o mar e a montanha, é um dos principais pontos de partida para navegar por ali.

Também é bem agitada à noite, com bares e restaurantes sofisticados tanto no calçadão quanto no emaranhado de ruas do centro histórico, em meio a ruínas da época de domínio romano.

O número de turistas que o país recebe por ano cresceu 40% na última década –foram 15,6 milhões no ano passado, quase quatro vezes o tamanho de sua população–, tornando-o famoso não só por sua natureza e história, mas também pelas multidões de visitantes que chegam no verão, em julho e agosto.

Para fugir da confusão, é melhor viajar em maio e junho, quando as temperaturas já estão altas, mas as praias e ruas ainda não estão lotadas.

Editoria de Arte/Folhapress

PACOTES PARA A CROÁCIA

R$ 3.993
Valor para seis noites em Zagreb, Split e Dubrovnik, com passeios para Mostar, Medjugorje, Sarajevo e Belgrado. Inclui guia em espanhol e traslados. Sem passagens aéreas. Na Venice Turismo

R$ 4.791
Valor para sete noites de barco, com passeios de bicicleta durante o dia. O roteiro inclui Dubrovnik, Korcula, Mijet, Lastovo e Sipan, com seis jantares e quatro almoços, além de visita guiada em Dubrovnik e Mostar. Sem aéreo. Na Bike Expedition

R$ 5.200
Valor para sete noites em Dubrovinik, Split, Zadar, Plitvice e Zagreb, com meia pensão e passeios. Inclui visitas a Rogir, Pakovo Selo e Sibenik. Sem aéreo. Na Abreu

R$ 6.350
Pacote com nove noites, sendo duas em Zagreb, uma em Sarajevo, uma em Medjugorje, duas em Dubrovnik, uma em Split, uma em Opatja e a última em Triste. Com passeios e entrada para o Parque Nacional de Plitvice, mas sem aéreo. Na Submarino Viagens

R$ 6.519
Pacote com nove noites, sendo seis num barco e três em um hotel em Dubrovnik. Os primeiros três dias são livres e, depois disso, o barco passa por Korcula, Brac, Pucisca, Omis, Split, Hvar e Mijet, até retornar a Dubrovnik. Sem aéreo. Na Pisa Trekking

R$ 9.002
Sete noites, divididas entre Zagreb, Opatija, Plitvice, Split e Dubrovnik, em hotéis quatro estrelas e com cinco refeições além do café da manhã. Não inclui passagens aéreas. Na Flot

R$ 11.425
Valor para pacote de sete noites, passando por Zagreb, Plitvice, Zadar, Split, Trogir, Ston, Dubrovnik e Konavle, com passeios como visita ao Museu de Arte Naif, em Zagreb. Sem aéreo. Na Queensberry

R$ 40.284
Valor de um iate para oito pessoas, em sete noites visitando Maslinica, Vis Town, Komiza, St. Clement, Hvar, Brac e Agana. Inclui tripulação, almoços, lanches, bar, equipamento de mergulho e de pesca. Sem aéreo. Na Cia Eco


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