Folha de S. Paulo


Astrofotógrafo viaja para registar imagens de céus pelo mundo

Foi em uma viagem ao parque nacional do Itatiaia, que fica nos Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, que o gestor ambiental Carlos Fairbairn descobriu sua paixão pelo astrofotografia, no fim de 2014.

A modalidade consiste em registrar, durante a noite, imagens de corpos celestes. "Naquela ocasião, o céu estava espetacular, então pensei: 'e se eu virar minha câmera para ele'?", conta o carioca.

O resultado, só com uma câmera básica, sem lentes especiais, já o impressionou. "Descobri que era possível registrar estrelas, galáxias, nebulosas e fenômenos astronômicos que não podem ser vistos a olho nu."

Desde então, ele viaja para fotografar o céu noturno. Já foi para destinos no Centro-Oeste do Brasil e para o parque nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos. Nos próximos meses, se programa para ir ao Chile.

"Para captar boas imagens, escolho lugares pouco povoados, sem tantas luzes", afirma. "Planejo tudo com meses de antecedência. O clima precisa estar bom e sem nuvens, e a lua deve estar minguante, para que sua luminosidade não atrapalhe."

Ele faz questão de ressaltar que não usa telescópio em suas fotos: só câmera, tripé e um dispositivo portável, chamado montagem equatorial. "Ele 'anula' a rotação da Terra para aumentar o tempo de exposição da imagem", explica Fairbairn, que gosta de incluir as paisagens do lugar, como árvores e montanhas, à fotografia do céu.

"Assim, fica mais fácil para as pessoas entenderem em que contexto fiz a foto. Isso as aproxima do objetos cosmológicos, que estão esquecidos pelos moradores das grandes cidades."


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