Folha de S. Paulo


Parques estaduais de São Paulo estão em lista de concessão para empresas

Em junho de 2016, o governador Geraldo Alckmin sancionou um projeto que autoriza o governo a conceder à iniciativa privada 25 parques estaduais –entre eles, o Intervales, o Petar e o da Ilha do Cardoso.

Por até 30 anos, empresas poderão explorar serviços, o turismo e, em alguns deles, a madeira e os subprodutos florestais.

"O intuito é encontrar um equilíbrio entre viabilização econômica e preservação ambiental. Com o turismo nesses lugares, a sociedade passa a conhecê-los melhor. E também a cobrar mais a sua fiscalização", afirma o secretário de Meio Ambiente de São Paulo, Ricardo Salles.

Para Ricardo Ribeiro Rodrigues, biólogo e professor da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP, a concessão deve ser implementada com cautela e usar a mão de obra local.

"Permitir exploração econômica em unidades de conservação é arriscado. A extração de recursos precisa estar atrelada ao plano de manejo sustentável da área", diz.

Segundo o professor, não se pode perder de vista o papel da preservação. "Manter a biodiversidade desses parques, que são importantes para a preservação de áreas remanescentes de floresta no Estado, deve permanecer."

Segundo o cronograma da Secretaria de Meio Ambiente, que coordena o plano de concessão, quatro parques de maior interesse econômico serão concedidos no primeiro semestre de 2017: Horto Florestal, Jaraguá, Cantareira e Campos do Jordão. No segundo semestre, é a vez do Intervales e do Petar.

O da Ilha do Cardoso deve ficar para 2018 ou 2019.

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Parques do Vale do Ribeira


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