Folha de S. Paulo


Fotógrafo registra os contrastes arquitetônicos de El Alto, na Bolívia

Localizada nos arredores de La Paz, a 4.000 metros de altitude, a cidade de El Alto atraiu a atenção do fotógrafo japonês Tatewaki Nio, 45, pelos contrastes de seu cenário urbano. Entre as casas de tijolos, predominantes na região, se destacam prédios com fachadas espelhadas e muito coloridas –os chamados "cholets".

São mais de 150 espalhados pela cidade, nos quais são celebrados eventos religiosos, casamentos e aniversários. "Conheci esse fenômeno arquitetônico pela internet. Assim que cheguei lá, comecei a andar de lotação e a pé para encontrá-los", conta Nio, que mora em São Paulo há 18 anos.

Os salões de evento fazem parte de um recente movimento, cujo maior expoente é o arquiteto Freddy Mamani, que tem origem aimará, como a maioria dos habitantes de El Alto. "O local é altamente interessante em razão tanto da paisagem urbana quanto da preservação da cultura desse povo", afirma.

As fotos são resultado de três viagens, realizadas entre julho de 2015 e dezembro deste ano. O projeto autoral desenvolvido por Nio na Bolívia é financiado pelo Museu do Quai Branly, na França, que é dedicado às civilizações não europeias (de Oceania, Ásia, África e Américas).

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