Folha de S. Paulo


Em viagem feita de ônibus, fotógrafo registra paisagens da América Central

Os ônibus que fazem a ligação entre cidades e países na América Central continental ficaram conhecidos, ao longo do tempo, como "chicken buses" –uma das hipóteses levantadas para o apelido é a tradição dos locais de transportar animais, como galinhas, em suas viagens, prática comum em áreas rurais em todo o continente.

Personalizados e coloridos, os veículos, assemelhados aos ônibus escolares dos Estados Unidos, têm linhas que constituem um roteiro já tradicional entre turistas americanos e menos explorado por brasileiros.

O fotógrafo Claudio Vitor Vaz fez a viagem em 2014, percorrendo, ao longo de 30 dias, sete países, de Belize ao Panamá –encerrando o roteiro em um oitavo país, a Colômbia.

"São países de história comovente, como El Salvador, e de grande preocupação com o desenvolvimento sustentável, caso da Costa Rica, e cheios de história", diz o fotógrafo.

"A colonização espanhola deixou muitas marcas, nas casas, nas esquinas, no calçamento. Por vezes parecia que eu andava pelas ruas de Salamanca, pelas vilas da região da Cantábria."

Vaz diz que ao longo dos 30 dias de viagem encontrou muitos americanos, europeus e até argentinos, mas nenhum brasileiro.

Em relação à violência e à instabilidade política associadas à região, o fotógrafo afirma que a viagem transcorreu sem maiores problemas, já que os países têm boa estrutura turística –mas ele relata que foi furtado uma vez, em Manágua, na Nicarágua, e sentiu certo clima de insegurança em Tegucigalpa, capital de Honduras.

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