Folha de S. Paulo


Paris perde 1 milhão de turistas após ataques terroristas

Philippe Wojazer/Reuters
Exército patrulha perto da Torre Eiffel, em março, após os ataques em Bruxelas, na Bélgica
Exército patrulha perto da Torre Eiffel, em março, após os ataques em Bruxelas, na Bélgica

A quantidade de turistas que se hospedou em Paris no primeiro semestre de 2016 diminui 6,4% e atingiu 14,9 milhões de pessoas. O número representa 1 milhão de visitantes a menos em relação ao mesmo período do ano passado, segundo os números divulgados nesta terça-feira (23) pelo Comitê Regional de Turismo da França.

Os ataques terroristas foram apontados como o principal fator para a queda. A maior perda ocorreu entre turistas estrangeiros, com uma diminuição de 9,9% –entre franceses, a redução foi de 3,5%. Segundo o comitê, essa foi a maior diminuição no fluxo do turismo registrada desde 2010, quando o retrocesso chegou a 8,5%.

Com menos turistas na cidade, os grandes monumentos e museus também receberam menos visitantes. No Arco do Triunfo, a queda chegou a 34,8%, enquanto no Palácio de Versalhes ficou em 16,3%.

Estima-se que a diminuição fez a capital francesa perder cerca de 750 milhões de euros (R$ 2,75 bilhões). Já o país como um todo registrou uma queda de 7% no número de turistas estrangeiros. O ministro francês do Exterior, Jean-Marc Ayrault, apontou, além do terrorismo, o clima meteorológico desfavorável, as greves que explodiram em regiões da França e a crise econômica em países como a Rússia e o Brasil como os principais motivos para essa redução.

Ayrault disse que convocará um comitê de emergência econômica voltado para o turismo, principalmente para as atividades das regiões do país mais impactadas por essa queda. O setor é responsável por entre 7 e 8% do PIB (Produto Interno Bruto) francês e gera cerca de 2 milhões de empregos diretos e indiretos. Apesar da queda, a França deve continuar sendo o principal destino turístico do mundo. O Ministério do Comércio Exterior estima que 80 milhões de turistas visitarão o país neste ano.


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