Folha de S. Paulo


Cuba passa barreira de 2 mi de turistas e deve fechar o ano com novo recorde

Cuba já recebeu neste ano 2 milhões de turistas estrangeiros, uma cifra que encaminha a ilha para um recorde de visitantes após o início de sua reaproximação com os Estados Unidos.

O Ministério do Turismo destacou em um comunicado que a ilha alcançou em 12 de junho os "2 milhões de visitantes" 27 dias antes do que se deu no ano passado. A cifra representa um avanço de 12% com relação ao primeiro semestre de 2015.

Canadá, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, França, Itália, Espanha, México e Argentina contribuíram "de forma significativa" com o crescimento do turismo em Cuba.

No ano passado, o destino do Caribe recebeu 3,5 milhões de turistas, 17% a mais que em 2014. Até o final de 2016, espera chegar aos 3,85 milhões de visitantes.

Só as visitas procedentes dos Estados Unidos tinham aumentado 93% até abril passado, com respeito ao mesmo período de 2015, e alcançado os 94 mil americanos, segundo o Ministério do Turismo.

Os americanos que viajam para a ilha como visitantes, devido ao embargo em vigor desde 1962, ainda não estão autorizados a fazer turismo livremente.

Mesmo assim, o governo de Barack Obama –que restabeleceu relações diplomáticas com Cuba em julho de 2015– flexibilizou algumas restrições e propiciou o aumento das viagens.

Com o aumento de turistas, a ilha enfrenta o "desafio" não mais de atrair visitantes, mas de gerir sua maciça chegada, disse em março o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, Taleb Rifai, na abertura de um evento em Berlim.

As autoridades cubanas realizam projetos de renovação e construção de hotéis para atender o crescente fluxo de turistas, segunda fonte de divisas depois dos serviços médicos.

Em 2015, a receita com o turismo foi de US$ 2,8 bilhões.

"Além de continuar elevando a qualidade dos nossos serviços e continuar diversificando nosso produto turístico, também se concluem novas capacidades hoteleiras em importantes polos como Havana, Varadero, Cayo Santa María, Jardins del Rey e Holguín", observou o ministério.


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