Folha de S. Paulo


Região de Toulouse, terra de pintores e do queijo roquefort, honra as tradições

Como Toulouse, a cidadezinha de Albi, a uma hora de distância, tem certo ar de sonho, com casinhas avermelhadas ao pôr do sol, às margens do rio Tarn.

Antiga cidade episcopal, residência de bispos a partir do século 13, o lugar guarda um impressionante conjunto arquitetônico de tijolos no centro histórico.

Entre elas, a igreja de santa Cecília, maior construção do tipo do mundo -de 1480, ela levou 200 anos para ser erguida. No altar, uma pintura medieval retrata o Juízo Final. No teto, os desenhos são os mais extensos da renascença na França; todos com um marcante tom de azul que lembra o corante de uma planta que fez a riqueza da região, o "pastel".

Outro prédio do centro histórico que atrai muitos visitantes é o palácio Berbie, antiga sede episcopal hoje transformada no museu Toulouse-Lautrec. O lugar tem a maior coleção de obras do pintor pós-impressionista, nascido em Albi e mundialmente conhecido por seus retratos da boemia parisiense da virada do século 19 para o 20.

O palácio conta com um espetacular jardim com vista para o rio e para a ponte mais antiga da cidade ainda de pé.

QUEIJOS E CAIAQUE

Ao percorrer os campos do sudoeste francês é possível visitar ainda os vinhedos ancestrais de Gaillac, uma das regiões mais antigas de cultivo de uvas do país.

A "loin de l'oeil" (longe do olho, porque o cacho da uva cresce distante do tronco), por exemplo, é bastante comum por ali e dá origem a um vinho branco fresco.

Na proximidades, no alto de uma montanha, está Roquefort-sur-Soulzon, de onde –o nome já entrega– saem os verdadeiros queijos roquefort.

Só na formação geológica dali, em buracos nos morros (as "fleurines"), sopra o vento capaz de manter a umidade ideal para o desenvolvimento dos fungos que são a marca do laticínio.

Por volta de 750 mil cabras criadas no entorno são responsáveis pelo leite usado na fabricação do queijo; os sete laticínios locais recebem turistas para visitas guiadas, com degustação no final.

Saindo dos prazeres da mesa, mas ainda na estrada, Millau é sede do viaduto mais alto do mundo –parte da via que liga Paris a Barcelona.

Sobre o rio Tarn, ela envolve atrações como saltos de paraglider, escalada, caiaque, pesca e rotas a cavalo e por cavernas.

A jornalista viajou a convite da Agência de Desenvolvimento Turístico da França


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