Turistas serão, em breve, proibidos de cuidar e afagar filhotes de leão em um parque da vida selvagem na África do Sul –movimento que reflete a crescente preocupação com o tratamento dado a esses animais em cativeiro.
A interação de visitantes com os animais, que inclui acariciar filhotes e passear com eles, "tem atraído publicidade negativa e está saindo de moda", diz Scott Simpson, porta-voz do Lion Park.
Essas atividades serão interrompidas no mês que vem, quando o parque se muda de uma área de 80 hectares em um subúrbio de Johannesburgo para um local maior, na região de Hartbeespoort, em Pretória, segundo Simpson informou na última quinta-feira (12).
Na nova sede, o foco será "uma experiência mais autêntica de safári", na qual turistas verão a vida selvagem em tours guiados dentro de veículos.
O Lion Park é um entre numerosas atrações na África do Sul que são maiores do que os zoológicos tradicionais e dão aos animais mais liberdade de movimento, garantindo aos turistas vistas próximas aos predadores (por vezes difíceis de avistar na natureza).
No entanto, muitos conservacionistas acreditam que fazer carinho em leões em ambientes cercados é prejudicial para os filhotes, que não aprendem a viver na natureza e perdem o medo de humanos, aumentando o risco de ataques.
Ian Michler, autor de um documentário chamado "Blood Lions", elogiou a iniciativa do Lion Park, mas disse que criar leões em cativeiro não serve a propósitos de conservação.
"É meramente ferramenta de entretenimento e lucro", afirma.