Folha de S. Paulo


No prato cubano, há arroz e feijão, mas carne bovina é artigo raro

Comer em Cuba, especialmente nos resorts de grandes redes internacionais, significa ver prevalecerem, óbvia e quase que exclusivamente, peixes e frutos do mar.

"Nunca imaginei que um dia fosse enjoar de lagosta", chegamos a pensar, com ar de falsa singeleza.

E você não vai achar carne de vaca nos restaurantes para cubanos. No país, é crime passível de prisão matar gado bovino e, quando uma vaca morre, o responsável por ela deve avisar o governo.

Esses lugares, chamados de "paladares", são tocados por "cuentapropistas" e, em Havana, frequentados em sua maioria por turistas –dizem que a designação "paladar" veio da novela "Vale Tudo", na qual a personagem de Regina Duarte tinha um restaurante com esse nome.

Vale a pena conhecê-los. No bairro do Vedado, por exemplo, o El Idílio cumpre seu papel, com boa relação custo-benefício.

E, na estrada, tem-se a chance de comer em casas mais autênticas. Em um domingo, o "paladar" KM 314 estava lotado de cubanos. O prato base? "Moros y cristianos" (mouros e cristãos, feijão e arroz, juntos. Adivinhe quem é o "moro" e quem é o "cristiano"...).

Lá serve-se também o refrigerante típico da ilha, o Malta, à base de malte. Doce de doer, mas é tradição a garotada tomá-lo com leite condensado.

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O QUE SABER SOBRE CUBA

MOEDA
A ilha tem duas moedas: o peso cubano (CUP) e o peso convertível (CUC). Esta última, de cotação equiparada à do dólar, é exclusiva para turistas e estrangeiros; por ter câmbio artificial, ela só pode ser adquirida no país

FUSO HORÁRIO
-1h em relação a Brasília

VISTO
Brasileiros precisam de visto (R$ 65 pessoalmente ou R$ 173 por correspondência; cubadiplomatica.cu ); para obtê-lo, é preciso ter passagens e reservas de hotéis


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